sexta-feira, 15 de julho de 2011

CONVERSANDO SOBRE LTURGIA



A palavra “Liturgia” vem do grego e significa “serviço ou trabalho público”, serviço do povo. É uma expressão de fé como dom do Espírito Santo, pois é Ele, o Espírito Santo, que nos ajuda a viver a missão profética, sacerdotal e pastoral como batizados que somos.
Na Liturgia, vivemos a experiência de uma vida fraterna com a comunidade, celebrando o acontecimento definitivo do Mistério Pascal, que nos conduz a salvação.
Sobre a Liturgia o Pe. Marcelino Sivinski nos diz o seguinte:

“A liturgia é a vida de Deus em nós e para nós. Ela celebra a ação de Deus e nos faz seres mais humanos e mais justos. Nela realizamos o encontro com Deus. Jesus Cristo nos reúne e preside a reunião da comunidade. Quando alguém batiza, é Cristo quem batiza. Nas leituras, é Ele mesmo que nos fala e nos transforma com a força da sua Palavra. Na liturgia, o Espírito Santo nos revela os mistérios de Deus, move os corações, reforça a nossa resposta e opera a salvação” (Vida Pastoral 230).

Neste pequeno texto já podemos perceber a importância da Liturgia na vida de todos os cristãos. A Liturgia nos envolve e nos convida a participar da vida da comunidade. O Espírito Santo nos anima a colocar os nossos dons a serviço. Alimenta a nossa fé, nos fortalece para que possamos viver e testemunhar os ensinamentos de Cristo. A comunidade, hoje, tem a possibilidade de aprender e entender o significado de cada momento litúrgico. Mas, nem sempre foi assim.
Todos nós já ouvimos falar do Concílio Ecumênico Vaticano II e da importância deste Concílio para a Igreja Católica. Mas, muitas, vezes não sabemos por que este documento é tão importante. Realmente, ele é muito importante, pois mudou muita coisa dentro da Igreja, e principalmente, mudou a Liturgia. É no Concilio que encontramos o “Sacrosanctum Concilium”, isto é a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, que possibilitou ao povo uma participação ativa dentro da Igreja. Antes do Concílio, o leigo não podia fazer uma leitura durante a Missa, ministrar comunhão e nem entendia direito o que se passava e o que se falava nas celebrações, pois tudo era em latim. Graças ao Sacrosanctum Concilium, e com certeza pela a inspiração do Espírito Santo, foram abertas as janelas da Igreja para que novos ares pudessem entrar, (João XXIII) O povo de Deus hoje, não “assiste” as celebrações. O povo de Deus hoje, “participa ativamente das celebrações”.
Para melhor entender e participar da Liturgia é interessante saber o que é o Ano Litúrgico. Ele não começa como o ano civil de 01 de Janeiro a 31 de dezembro, como no nosso calendário.
O Ano Litúrgico se inicia com o Advento, quatro semanas antes do Natal e termina com a Festa de Cristo Rei, celebrada normalmente, um domingo antes do primeiro domingo do Advento.
O cristão caminha pelo Ano Litúrgico vivenciando a vida e a obra salvífica de Jesus. Pelo desenho, podemos verificar os tempos fortes de oração::o Advento que nos prepara para a festa do nascimento de Jesus, em seguida a Quaresma, tempo de reflexão, preparando o Povo de Deus para a grande festa da Páscoa, a Ressurreição do Senhor, quando Cristo nos mostra que a morte não é o fim. Celebramos com grande alegria Festa de Pentecostes, a força do Espírito Santo que preencheu os apóstolos, dando-lhes coragem para cumprir a missão que Jesus lhes deixou: “Ide portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”! (Mt 28,19).
Aqui, é o momento de lembrarmos que a missão que Jesus deu aos apóstolos, é a nossa missão nos dias de hoje:
continuar anunciando o Evangelho em gestos, palavras e atitudes no ambiente em que vivemos, isto é, na família, na escola, no trabalho, na comunidade..
No tempo comum, a Liturgia não fica mais pobre. Pelo contrário. Neste tempo, a criatividade da Equipe de Liturgia deve se fazer presente para que as celebrações continuem sendo momentos de perfeita união com Deus e com a comunidade.
Ainda sobre o Ano Litúrgico podemos lembrar que existe o Ano A, o Ano B e o Ano C.

ANO A – EVANGELHO DE MATEUS
ANO B – EVANGELHO DE MARCOS
ANO C – EVANGELHO DE LUCAS

Assim, no Ano A temos os textos do Evangelho segundo São Mateus, o Ano B, o Evangelho de São Marcos e no Ano C o Evangelho de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado para o tempo da Quaresma e a algumas festas especiais.
As cores dos paramentos e das tolhas que revestem o altar e o ambâo., também tem um significado litúrgico

BRANCO – Usado na Páscoa, no Natal, nas festas de Nossa Senhora e em missas festivas. Simboliza alegria, ressurreição, vitória e pureza.:

VERMELHO – Lembra o fogo do Espírito Santo. É a cor do domingo de Pentecoste.. Usa-se também na Celebração do Sacramento do Crisma e nas missas dos mártires.

VERDE- Se usa nos dias de semana e nos domingos do Tempo Comum. Simboliza a esperança.

ROXO – Usado no Advento e na Quaresma simbolizando a penitência.

RÓSEO – Pode ser usado no Terceiro Domingo do Advento e no Quarto Domingo da Quaresma, lembrando a proximidade da alegria.

Cristo é o centro de toda a Liturgia e a comunidade reunida é parte integrante da Liturgia. Nela, homens e mulheres se encontram com Deus agradecendo, glorificando, escutando a Palavra na celebração Eucarística, na celebração dos demais Sacramentos e comungando o Pão da Vida repartido com os irmãos.
A Liturgia é dinâmica e pode ser adaptada a realidade das diversas comunidades. As celebrações direcionadas para uma comunidade rural, por exemplo, são diferentes das celebrações para as comunidades de uma cidade grande, como São Paulo e outras. O grande objetivo da Liturgia e falar diretamente ao coração do Povo de Deus, e para isso usa sinais, símbolos, cantos, pertinentes a realidade de cada comunidade.
As paróquias e as dioceses oferecem aos leigos cursos sobre Liturgia, Aqueles(as) que se dispõe a fazer o curso, descobrem a importância e a riqueza da Liturgia nas celebrações, pois ela permite o uso de instrumentos musicais, cantos, cartazes, símbolos que, sintonizados com o Ano Litúrgico enriquecem as celebrações e ajudam a comunidade a sentir, com mais intensidade, a presença de Deus em sua vida.
Preparar uma celebração “liturgicamente correta”, isto é sem exageros, é sentir a presença do Espírito Santo em cada detalhe, na flor, na música, no canto, nas cores, nos leitores, na entrada da Bíblia, na Palavra proclamada, na participação da assembléia.
Por isso, faça parte da Equipe de Liturgia da sua Paróquia. Você vai gostar!

“LITURGIA É A PALAVRA MAIS RICA QUE A IGREJA PRONUNCIA”
(G.Venturi)


Valderes Costenaro

sexta-feira, 1 de julho de 2011



NESTA VIDA,
PODEMOS APRENDER TRÊS COISAS DE UMA CRIANÇA:
ESTAR SEMPRE ALEGRE,
NUNCA FICAR INATIVO
E CHORAR COM FORÇA POR TUDO O QUE SE QUER!