quarta-feira, 30 de novembro de 2011



EU ESPERA QUE VOCÊ VIESSE.....
E VOCÊ VEIO.....
VEIO EM BUSCA DE ALGUMA COISA.....
BUSCAR É PEREGRINAR, É SAIR DE SUA CASA
DO SEU COTIDIANO,
DO SEU EU.
SOMOS ALGUÉM QUE SAI EM BUSCA,
POIS A VIDA É UMA BUSCA CONTÍNUA,
É BUSCA DE FÉ,
É BUSCA DE AMOR,
É BUSCA DO REINO,
É BUSCA DA PAZ,
É BUSCA DE ALEGRIA,
É BUSCA DE FELICIDADE.
SOMOS FELIZES!
OBRIGADA POR TER VINDO!

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SETEMBRO - MÊS DA BÍBLIA



TEMA: TRAVESSIA – PASSO A PASSO O CAMINHO SE FAZ

LEMA: APROXIMAI-VOS DO SENHOR! (Ex 16,9)

Neste ano de 2011, somos convidados a refletir sobre o Livro do Êxodo do capítulo quinze (15) ao dezoito (18). Como sabemos o Livro do Êxodo, juntamente com os Livros de Gênesis, Levítico, Números e Deuteronômio, faz parte do que chamamos Pentateuco ou Torá, os cinco livros muito importantes para a religião judaica.
Nestes três capítulos do Êxodo, vamos encontrar o povo de Deus recém saído da escravidão do Egito, salvos por Moisés e atravessando o deserto. Hoje, o povo de Deus somos nós e em muitos momentos refletindo sobre o texto, vamos descobrir que vivemos, algumas vezes ou até inúmeras vezes, situações muito parecidas com as que o povo de Deus viveu no deserto.
O deserto é um tempo de mudança, de transformação. É na travessia do deserto que o povo de Deus ao mesmo tempo em que se desespera diante das dificuldades da travessia, se aproxima de Deus, reconhece a sua presença entre eles e se organiza como um povo.
Podemos destacar quatro momentos que servem de exemplo para os dias de hoje.
O primeiro momento acontece em Ex 15,22-27. A sobrevivência no deserto implica em achar água. A hidratação é fundamental. E a primeira dificuldade que o povo de Deus encontra é justamente esta: a água que encontram é “amarga”, isto é, não serve para beber. O povo reclama com Moisés, “murmuram”. Podemos imaginar que as pessoas começavam a duvidar da presença de Deus na sua caminhada. Moisés intercedeu pelo povo e Deus com simples gesto tornou a água boa para o consumo, mostrando que estava atento as suas necessidades, eles só precisavam crer, ter fé.
Água amarga, água impura, água poluída. Isto nos lembra a Campanha da Fraternidade deste ano. A luta pela preservação de nossas reservas deste líquido tão precioso para a sobrevivência de toda a natureza e da humanidade, luta esta que deve continuar.
Por outro lado, agimos algumas vezes como o povo de Deus. Diante de uma dificuldade, logo “murmuramos”, achando que Deus nos abandonou. Vacilamos na nossa fé, ficamos “amargurados”, duvidamos do seu amor e da sua misericórdia que sempre nos mostra uma saída, um caminho a seguir.
O segundo momento é quando povo de Deus teve fome: Ex 16,1-35. Desta vez, as reclamações foram muitas. Ficaram até com saudades da escravidão, pois lá não faltava o pão e a carne para saciar-lhes a fome. Novamente questionaram Moisés e este, mais uma vez intercedeu pelo povo e Deus atendeu as suas preces. Mas, para saciar a fome, o povo teria que cumprir algumas regras. Deus foi categórico: a tarde enviaria a carne (as codornizes) e pela manhã o pão (o maná). O povo só poderia colher o maná suficiente para um dia. Apenas no sexto dia colheria para o consumo de dois dias, pois o sétimo dia era de descanso. Mas alguns colheram mais do precisavam para um dia, provavelmente, por medo de não terem o que comer no dia seguinte, por duvidarem da palavra do Senhor, tentaram acumular, guardar. Mas, o maná que não foi consumido, que foi estocado, estragou. Aí veio o arrependimento. Lembram desses versos?

O povo de Deus, também vacilava
Às vezes custava, a crer no amor.
O povo de Deus, chorando rezava,
Pedia perdão e recomeçava.

Nós somos o povo de Deus hoje e na nossa caminhada somos tentados diariamente a estocar, guardar, comprar, acumular. Deixamo-nos levar, muitas vezes pela mídia, pelas promoções, pelas liquidações, compramos o que não precisamos no momento, e às vezes jogamos fora alimentos que não consumimos e que ficaram com o prazo de validade vencido. Isso sem falar na ambição dos poderosos que pensam unicamente em acumular riquezas, enquanto outros ficam cada vez mais pobres e excluídos da sociedade. Por outro lado, é bom lembrar que toda mudança, como o povo de Deus que saiu da escravidão em busca da liberdade, exige sacrifício, tem um preço e, algumas vezes não queremos pagar. Por isso, completando os versos acima nós podemos também cantar:

Também sou teu povo, Senhor
E estou nesta estrada.
Perdoa se às vezes,
Não creio em mais nada.

A nossa vida também é uma caminhada pelo deserto. Nunca sabemos com certeza se vamos encontrar um oásis com doze fontes de água cristalina e setenta palmeiras (Ex 15,27) ou um inimigo com o qual devemos lutar. Os problemas, as dificuldades, os conflitos surgem e temos que resolver. Algumas vezes não conseguimos resolver sozinhos, precisamos ter fé e a colaboração de outras pessoas. É o que aconteceu com o povo de Deus.
O terceiro momento da nossa reflexão acontece em Ex 17,8-16. Os amalecitas, um povo que habitava mais ao norte, veio lutar contra Moisés e seu povo. Moisés não se intimidou. Chamando Josué, mandou que escolhesse os homens e lutasse contra os amalecitas. Ele, Moisés, ficaria na colina junto com Aarão e Hur, com os braços erguidos e o cajado,
como em oração, pedindo a proteção do Senhor. No entanto, os braços de Moisés ficaram cansados e cada vez que ele deixava os braços caírem, os amalecitas ganhavam terreno e venciam Josué. Então, Araão e Hur, puseram Moisés sentado numa pedra e um de cada lado segurava seus braços erguidos para o céu. E assim, com a colaboração de Aarão e Hur que sustentaram os braços de Moisés, Josué conseguiu vencer os amalecitas, pondo-os em fuga.
Algumas vezes, nós precisamos que outras pessoas nos ajudem a enfrentar as dificuldades da nossa caminhada. Outras vezes, como Aarão e Hur, nós temos que ajudar o nosso próximo com a nossa fé, com a nossa amizade, com o que está ao nosso alcance, para que o outro possa também vencer os obstáculos do caminho.
Encontramos o quarto momento em Ex 18,13-27. Moisés, sendo o líder do povo, tinha constantemente que resolver os problemas, os conflitos que surgiam, fossem eles grandes ou pequenos. Podemos imaginar o quanto isto o desgastava. A solução veio de Jetro, sogro de Moisés, que fora encontrá-lo em companhia da mulher de Moisés e de seus dois filhos. Vendo todo aquele povo em pé, esperando para falar com Moisés sobre diversas questões, Jetro percebeu que em pouco tempo, tanto Moisés como povo, estariam desanimados e sem muita esperança. Aconselha, então, que Moisés escolha no meio do povo, “homens capazes, tementes a Deus, incorruptíveis, e os estabeleça como chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta, chefes de dez, que julgarão o povo e só trarão a Moisés as causas mais importantes”. (Ex 18,21)
Desta maneira o povo de Deus foi criando um rosto, se organizando como nação, com um governo de responsabilidades distribuídas e sempre que necessário Moisés estaria pronto para interceder pelo povo junto a Deus. Nos capítulos 19 e 20 Deus, na sua infinita misericórdia, através de Moisés, fará uma Aliança com o seu povo, transmitindo o Decálogo, os Dez Mandamentos, para que o povo pudesse se orientar, unidos na mesma fé ao Deus único e verdadeiro – o Deus de Israel – o Deus de Jesus.
Delegar poderes, funções, partilhar responsabilidades, trabalhar visando um objetivo comum, para que a paz, o entendimento, a fraternidade, possa fazer a caminhada ser mais suave, mais amena, é o que nos ensina este trecho da nossa reflexão. Muitas vezes, sofremos a “síndrome de gerente geral do universo” achando que somente nós somos capazes de resolver todos os problemas, esquecendo que existem pessoas tão ou mais capazes que nós e que muito podem contribuir para o bom êxito de qualquer empreendimento. Mesmo dentro da nossa própria família, saber escutar o outro, é uma arte que devemos cultivar e aplicar esta arte em todos os nossos relacionamentos, revela sabedoria.
Muito mais nos ensinam esses capítulos do Êxodo. Deixo a todos uma sugestão: leiam com atenção e procurem nas entrelinhas outros exemplos em que caminhada do povo de Deus pelo deserto, pode nos ajudar na travessia da nossa vida e nos aproximar cada vez mais de Deus.

Valderês Costenaro

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DIA DO CATEQUISTA




CATEQUISTAS
Deixe seu coração arder pelo caminho ao escutar a voz do Mestre. Que ensina e envia: “Vai anunciar que eu estou vivo” e o sepulcro está vazio porque a vida sempre vence.
Reconheça a força do ressuscitado no partir e repartir o pão. Seu sim se torna fortaleza ao aceitar o envio: “Vai...ensina... o que Eu ensinei a vocês”.
Acredite que sua convicção se torna uma potência que o testemunho dos seus atos reveste de vida as palavras de sua boca, que o projeto do Reino transforma a escuridão em claridade, a luta em vitória.
Reconheça que as mãos estendidas se tornam partilha, os braços abertos são acolhida, a esperança teimosa torna possível, as relações se tornam diálogo para que “todos sejam um”.
Tenha certeza de que seus passos deixam marcas inapagáveis, sua voz faz ecoar a PALAVRA viva que não conhece fronteiras, sua vida se torna profecia que anuncia a verdade e denuncia a falsidade, seu agir se torna aliança e faz comunidade que constrói o Reino da fraternidade.



segunda-feira, 22 de agosto de 2011



DEUS NA BÍBLIA
(um passeio bíblico)

ANTIGO TESTAMENTO
Os autores sagrados geralmente definem Deus mediante analogias humanas e naturais.Expõem sua concepção nos títulos e nas imagens, nas narrações das ações divinas e nas expressões dos sentimentos humanos.
Nas tradições bíblicas, Iahweh aparece como o Deus que se revelou a Israel e de quem este teve experiência no Êxodo, no Sinai e em tantas outras circunstâncias de sua história.Falar de Yahweh implica, portanto, uma referência obrigatória a Israel.

a) Prelúdios do Javismo
Segundo Gn 4,26, o culto a Iahweh, remonta às origens da humanidade. No entanto, conforme Ex 3,13-15, o nome Yahweh foi revelado pela primeira vez a Moisés. Nas narrações patriarcais aparece a designação “o Deus de Abraão” e que esta se vá ampliando depois em círculos sucessivos: “o Deus de Abraão, teu pai!”, referindo a Isaac (Gn 26,24), “o Deus de Abraão, teu ´pai, e Deus de Isaac”, com relação a Jacó (Gn 28,13), e o “Deus de teu pai Abraão e Deus de Jacó” (Ex 3,6), com relação a Moisés.
A relação do homem com deus é análoga a de pai-filho, destacando-se os elementos da formação, do sustento e da proteção. O Deus de Gn 12ss é deus que acompanha, guia e protege a família. Na realidade, a história da humanidade está marcada, desde suas origens, pela bênção divina (Gn 1,28).

b)Javismo
As tradições do Primeiro Testamento relacionam o nome de Iahweh com o Sinai e com Moisés na região de Mandiã. De acordo com isto, o berço do javismo teria que ser procurado na época pré-mosaica. Se quisermos saber quem é e como é o Deus do Êxodo, nada melhor que interrogar os textos bíblicos para ver que idéia Israel formou para si sobre Iahweh a partir dos acontecimentos relacionados com a saída do Egito, pois a aliança do Sinai significou um passo decisivo para a constituição da nova comunidade ou povo de Deus. Na montanha santa, Iahweh se manifesta a Israel, revela-lhe sua lei e faz com ele uma aliança.

c) O Deus do Deuteronômio, da História Deuteronômica e da História Cronista
No livro do Deuteronômio é mister distinguir pelo menos duas edições: uma pré-exílica que se encontra fundamentalmente nos capítulos 6-28 e outra exílica.
Na perspectiva deuteronômica , observar os mandamentos significava temer a Iahweh, amá-lo e serví-lo. Mas, a História Deuteronômica, compreende os acontecimentos que vão desde a conquista da terra até a perda da mesma e o conseqüente exílio na Babilônia. Nela, Iahweh destaca-se como Senhor da História. Portanto, a história do povo de Deus, estabelecido em Canaã, transformou-se na história de Iahweh. Da História Deuteronômica se infere que seus autores eram fervorosos javistas, dedicados ao estudo da Lei e dos profetas, a fim de extrair deles as lições oportunas para iluminar e esclarecer os acontecimentos históricos.
A História Cronista apresenta a história dentro da perspectiva religiosa edificante. Para o Cronista o verdadeiro rei é Deus e o governo ideal é o teocrático. Davi foi colocado no trono como lugar-tenente de Deus. Da história passada do povo, o Cronista quer extrair uma lição para a nova comunidade.

d) O Deus dos Profetas
O Deus dos profetas é polifacetado. Cada profeta destaca determinados traços particulares da face de Deus. É o Deus por quem eles se deixaram seduzir, o Deus que transformou sua vida e que transmitiram em sua mensagem. Não é fácil expor a noção que os profetas tinham de Deus, posto que eles não falam do próprio ser de Deus, quanto da ação de Deus na história. Assim, vieram a luz uma série de atributos divinos (zeloso, misericordiosos, santo, eterno, etc)de títulos e funções de Deus (criador, esposo, juiz, pai/mãe, salvador, redentor, rei, etc) como também de imagens verbais (leão, caçador, médico, pastor,pantera,onça,etc). Estes e muitos outros sãos os traços que delineiam o perfil do Deus dos profetas.

e)O Deus dos Sábios
Os livros sapienciais apresentam traços peculiares em relação aos outros livros do Primeiro Testamento em sua concepção de Deus. Cada um dos livros sapienciais apresenta sua própria concepção de Deus. Em resumo, Deus ocupa lugar relevante nos livros sapienciais, que ora se aproximam da concepção tradicional do Primeiro Testamento, ora abrem novos horizontes próximos do Novo Testamento. Os mestres da sabedoria tiveram bastante cuidado de se colocarem sob a influência de Deus, que instrui o homem pela sabedoria. Assim é a Sabedoria vivente de Deus, presente na criação e na história, encarnada em Jesus de Nazaré.

f) O Deus dos Salmos
Os salmistas tem plena consciência de sua pertença ao povo de Deus; e mais ainda, sentem-se filhos de Deus. Por isso é que recorrem a Ele cheios de confiança, quer seja para louvá-lo, quer seja para pedir-lhe algo.

NOVO TESTAMENTO

a)Evangelhos Sinóticos
Os Sinóticos falam-nos de Deus tomando em consideração as duas categorias segundo as quais ele era compreendido por seus contemporâneos e que foram adaptadas a Jesus: o reino de Deus e sua paternidade.
A literatura judaica contemporânea de Jesus fala do “reino de Deus”, o “reino será para o Deus de Israel”, “Deus resplandece na glória de seu reino”. Reino que se estabelecerá sobre todos os homens e que redundará em bênção para Israel. Deus se oferece ao homem como rei ou, dito de outro modo, o reino dos céus é dom de Deus que deve ser aceito pelo homem. O reino é a intervenção definitiva e última de Deus na história humana, ao mesmo tempo constitui nova ordem moral em que se cumpre perfeitamente a vontade de Deus. No entanto, definir o reino de Deus é tão difícil quanto definir o doador dele.

b) Deus Pai
Na pregação de Jesus a paternidade divina se converte em idéia central. Ele é chamado de Abba, que expressa a confiança do filho para com seu pai. Nunca é utilizada assim no judaísmo, nem na oração pessoal nem na liturgia. Seria falta de respeito. Sempre é usada por Jesus. Deus é Pai e o é de forma pessoal e comunitária.

c) Deus soberano
Característica exclusiva dele é a sua bondade única que o torna digno de fé e de temor diante de cujos olhos tudo está patente. É o Deus que se faz Emanuel mediante a ação do Espírito Santo. A presença operante do Espírito Santo se deduz da atividade de Jesus que instaura o reino expulsando os espíritos imundos. Concluindo: A apresentação concreta que os evangelistas nos oferecem de Deus se acha vinculada a interpretação que cada um deles dá de sua intervenção no mundo.

d) Atos dos Apóstolos
Cumprindo o previsto no Primeiro Testamento, Deus derramou seu Espírito sobre os homens bem dispostos para que pudessem descobrir em Jesus o Senhor e Salvador. Os apóstolos são testemunhas da ação de Deus que ressuscitou Jesus e isto também é testemunho do Espírito que age neles.A presença operante do Espírito Santo é tão evidente no livro dos Atos, que ele tem sido considerado como o verdadeiro protagonista do mesmo. Os discípulos recebem as últimas instruções de Jesus por meio do Espírito, viverão batizados ou imersos nele e agirão graças ao seu poder.

e) Corpus Paulino – O Deus Cristianizado
O Deus de Paulo é o do Primeiro Testamento. A partir do momento em que Deus revelou seu Filho e o capacitou para ser ministro de uma nova aliança, a do Espírito, Paulo “cristianizou” Deus.
Surge o novo povo de Deus, o corpo de Cristo, cuja cabeça é ele próprio; a glória de Deus, seu próprio ser, reflete-se na face de Cristo. O Evangelho de Paulo é, na realidade, a formulação da própria redescoberta de Deus em Cristo.

f)João – Evangelho e Cartas
A história que o quarto Evangelho nos conta é a história da atividade salvífica de Deus. Deus se fez presente em Jesus,o Filho do Homem. O Espírito Santo desce sobre Jesus para estar nele de forma permanente. O Espírito Santo também se fez presente em Jesus. O Evangelista sintetiza isso assim: “quando fala aquele que Deus enviou, é o próprio Deus quem fala, já que Deus lhe comunicou plenamente o seu Espírito”.
A presença do Espírito Santo se evidencia na verdadeira confissão da fé cristã.

g) Carta aos Hebreus – Plenitude da Aliança
A saudade do passado, da antiga aliança com suas solenidades e ritos por parte de alguns cristãos procedentes do mundo judaico, obriga nosso autor a apresentar Deus como continuação do pacto antigo, que o leva a sua perfeição. A múltipla e variada manifestação de Deus no passado é incomparável com a que se realizou em Cristo, que é o reflexo exato da imagem fiel e a cópia perfeita do Pai, seu Filho primogênito, ungido por Deus, Senhor e Criador, apóstolo e sumo sacerdote de nossa fé, que é fiel a quem o constituiu.

h) As Cartas de Pedro.
O pensamento trinitário se acha presente em todo capítulo primeiro e aborda bem-aventuranças dos injuriados por causa de Cristo, pois o Espírito da glória, que é o Espírito de Deus, repousa sobre eles.
Os anunciadores do Evangelho tinham consciência de que o tempo da graça que estavam vivendo havia sido investigado e pesquisado pelos profetas. Para o autor da primeira carta de Pedro este conhecimento sobre humano era devido ao Espírito do Messias. Portanto, Cristo, bem como o Espírito, se achava presente e operante nos profetas. É assim que, de certa maneira, se esvaem as linhas de separação entre a ordem antiga e a nova.

i) O Apocalipse
O livro do Apocalipse começa apresentando às sete igrejas, à igreja universal, a mensagem da graça e da paz. Destaquemos que se trata de uma apresentação trinitária. Vem da parte “daquele que é, daquele que era e daquele que vem”. É uma definição de Deus. Foi Deus que teve a iniciativa da salvação. E agiu com especial providência no momento inicial da mesma protegendo o Menino que ia nascer da presença ameaçadora do dragão que tentava devorá-lo e a Mulher, e ainda seus filhos, transportando-os para o deserto, o lugar da constituição do povo de Deus. Proteção especial que era necessária acentuar devido a precariedade em que está vivendo a comunidade cristã perseguida pela cidade de Roma. Graças a esta providência especial de Deus chega a “salvação”; o poder, o reino de nosso Deus e a autoridade de seu Cristo.
Para os fiéis a Deus o juízo é a sua vitória que se acha descrita mediante a menção da grande multidão, que ninguém podia contar de todas as nações, povos e línguas. Vestiam-se de branco – a cor da vitória, traziam palmas nas mãos e clamavam: Ao nosso Deus que está sentado no trono, e ao Cordeiro, deve-se a salvação. O mesmo se dirá por meio da imagem do convite para as bodas do Cordeiro (Ap 19,9). O Vidente acentua este aspecto ao distribuir ao longo do seu livro as sete bem-aventuranças dirigidas às testemunhas fiéis de Deus.
Fonte- Deus na Bíblia – Felix Garcia López -Felipe F.Ramos

quarta-feira, 17 de agosto de 2011



CRISTOLOGIA

INRI – JESUS DE NAZARÉ – REI DOS JUDEUS
Costume romano usado para indicar o crime e o autor

Conseqüências da Morte de Jesus

1- A cruz é a conseqüência da vida e da prática histórica de Jesus. Porque viveu dessa maneira é que foi levado a cruz. Não foi crucificado porque fazia milagres, por andar com os pobres etc e sim porque contestava o sistema e pregava uma sociedade justa e solidária.
2- Não se pode separar a cruz da pessoa de Deus na Teologia Cristã. Deus não pode ser pensado em Teologia Cristã sem a cruz.A cruz diz algo do ser de Deus, da pessoa de Deus. A cruz nos diz como é o Deus que nos salva.
3- A cruz coloca pra nós a questão presença/ausência de Deus. Para os judeus quem morre na cruz está abandonado. Na cruz de Jesus Deus não o abandona na cruz. Deus estava na cruz com Jesus. Se Jesus nos revela quem é Deus, também o faz na crucificação. O Deus de Jesus é plenamente o Deus da salvação que se manifesta na cruz. Tudo o que se fala de Deus, tem que ser confrontado com o comportamento de Jesus. A cruz não é a última palavra sobre Jesus. Sua história não acaba na cruz. Jesus é referencia do ser humano e de Deus.

Como se pode explicar a cruz sem ser do ponto de vista histórico e sim do teológico?

Como Deus deixa seu Filho morrer na cruz?

Como a Cruz é salvação para nós?

Deus quis a morte de Jesus? NÃO!

A CRUZ É A PRESENÇA SOLIDÁRIA DE DEUS

Por que, então Jesus morreu?
Num primeiro momento a comunidade apela para as Escrituras, reinterpretando os cantos dos servos sofredores (Isaias), os Salmos, etc. A paixão de Jesus é narrada nos moldes dos Salmos. A morte de Jesus é compreendida como a morte dos profetas.
Com o canto de Isaias, vão encontrar o Messias crucificado.
O pecado rompe a relação Deus- Homem. Jesus, homem e Deus, com a mesma nobreza de Deus, ao morrer na cruz salva a humanidade- Teologia da Idade Média.
A realidade é que Jesus vem para cumprir a vontade de Deus – instalar o Reino. Se para convencer a humanidade do valor do Reino for preciso morrer, que morra para que o Reino se estabeleça.
Jesus acreditava no que falava, no que pregava, por isso enfrentou a todos até o fim. A morte de Jesus é conseqüência da luta pelo Reino.
A morte de Jesus é completada pela Teologia da Ressurreição. Morte sem Ressurreição não tem sentido. O que nos coloca na dimensão do Reino é a morte e Ressurreição:
Vida
Conjunto único Morte
Ressurreição de Jesus

Só ressuscitou porque morreu, morreu porque viveu de determinada forma. O que me salva é a vida, a morte e Ressurreição de Jesus.

1- O Ressuscitado é o crucificado.
2- A Ressurreição é a confirmação da vida de Jesus.
3- A Ressurreição afirma a nova maneira de Deus estar com seu povo.

EMANUEL – DEUS CONOSCO

1- QUERIGMA PRINCIPAL DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS
- Esse que é crucificado é o ressuscitado que morreu na cruz. Não se pode separar a cruz da Ressurreição. Sem a cruz não se chega a Ressurreição.
A religião não pode adormecer consciências e sensibilidades.


2- A RESSURREIÇÃO É A CONFIRMAÇÃO DA PRÁTICA DE JESUS
Ao ressuscitar Jesus, Deus vai afirmar que Ele quer a vida realmente como Jesus ensinou. A identificação do crucificado e do ressuscitado é que leva a prática do bem.

3- A RESSURREIÇÃO É UMA CONTINUIDADE DA VIDA ANTERIOR A MORTE DE JESUS
No entanto, é ao mesmo tempo uma ruptura, pois está presente de forma diferente no meio dos apóstolos daquela sua vida pré-pascal. No entanto, é o mesmo Jesus com quem os apóstolos conviveram que se apresenta, que se faz presente no meio do povo de outra maneira. Aquele que foi crucificado está vivo – vida que venceu a morte.

Ressurreição não é defunto que levanta. Ressurreição é nova maneira de estar presente. Jesus não morre mais. As aparições de Jesus são “teofanias”, manifestação de Deus. Jesus não brincava de sobe e desce e nem fica perdido durante 40 dias (simbologia).

As aparições não são escritas para provar nada: primeiro porque não prova. Não temos prova da Ressurreição e sim testemunhas de homens e mulheres que afirmaram experimentar que, aquele mesmo Jesus que eles conviveram, está presente no meio deles.

Qual o caráter da nossa fé?
Fé é crer – ter confiança;
Existem duas maneiras de matar a fé: com a negação e com a certeza.
Nas coisas de Deus não temos certeza de nada. Temos confiança, temos sinais.
(Aula do Pe. Antonio Manzato).

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SALMO 84 - 85



Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade,
E a vossa salvação nos concedei.

Quero ouvir o que o Senhor irá falar,
é a paz que Ele vai anunciar.
Está perto a salvação dos que o temem
E a glória habitará em nossa terra.

A verdade e o amor se encontrarão,
A justiça e a paz se abraçarão.
Da terra brotará a fidelidade
E a justiça olhará dos altos céus.

O Senhor nos dará tudo que é bom
E a nossa terra nos dará muitas colheitas.
A justiça andará na sua frente
E a savação há de seguir os passos seus.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

CONVERSANDO SOBRE LTURGIA



A palavra “Liturgia” vem do grego e significa “serviço ou trabalho público”, serviço do povo. É uma expressão de fé como dom do Espírito Santo, pois é Ele, o Espírito Santo, que nos ajuda a viver a missão profética, sacerdotal e pastoral como batizados que somos.
Na Liturgia, vivemos a experiência de uma vida fraterna com a comunidade, celebrando o acontecimento definitivo do Mistério Pascal, que nos conduz a salvação.
Sobre a Liturgia o Pe. Marcelino Sivinski nos diz o seguinte:

“A liturgia é a vida de Deus em nós e para nós. Ela celebra a ação de Deus e nos faz seres mais humanos e mais justos. Nela realizamos o encontro com Deus. Jesus Cristo nos reúne e preside a reunião da comunidade. Quando alguém batiza, é Cristo quem batiza. Nas leituras, é Ele mesmo que nos fala e nos transforma com a força da sua Palavra. Na liturgia, o Espírito Santo nos revela os mistérios de Deus, move os corações, reforça a nossa resposta e opera a salvação” (Vida Pastoral 230).

Neste pequeno texto já podemos perceber a importância da Liturgia na vida de todos os cristãos. A Liturgia nos envolve e nos convida a participar da vida da comunidade. O Espírito Santo nos anima a colocar os nossos dons a serviço. Alimenta a nossa fé, nos fortalece para que possamos viver e testemunhar os ensinamentos de Cristo. A comunidade, hoje, tem a possibilidade de aprender e entender o significado de cada momento litúrgico. Mas, nem sempre foi assim.
Todos nós já ouvimos falar do Concílio Ecumênico Vaticano II e da importância deste Concílio para a Igreja Católica. Mas, muitas, vezes não sabemos por que este documento é tão importante. Realmente, ele é muito importante, pois mudou muita coisa dentro da Igreja, e principalmente, mudou a Liturgia. É no Concilio que encontramos o “Sacrosanctum Concilium”, isto é a Constituição sobre a Sagrada Liturgia, que possibilitou ao povo uma participação ativa dentro da Igreja. Antes do Concílio, o leigo não podia fazer uma leitura durante a Missa, ministrar comunhão e nem entendia direito o que se passava e o que se falava nas celebrações, pois tudo era em latim. Graças ao Sacrosanctum Concilium, e com certeza pela a inspiração do Espírito Santo, foram abertas as janelas da Igreja para que novos ares pudessem entrar, (João XXIII) O povo de Deus hoje, não “assiste” as celebrações. O povo de Deus hoje, “participa ativamente das celebrações”.
Para melhor entender e participar da Liturgia é interessante saber o que é o Ano Litúrgico. Ele não começa como o ano civil de 01 de Janeiro a 31 de dezembro, como no nosso calendário.
O Ano Litúrgico se inicia com o Advento, quatro semanas antes do Natal e termina com a Festa de Cristo Rei, celebrada normalmente, um domingo antes do primeiro domingo do Advento.
O cristão caminha pelo Ano Litúrgico vivenciando a vida e a obra salvífica de Jesus. Pelo desenho, podemos verificar os tempos fortes de oração::o Advento que nos prepara para a festa do nascimento de Jesus, em seguida a Quaresma, tempo de reflexão, preparando o Povo de Deus para a grande festa da Páscoa, a Ressurreição do Senhor, quando Cristo nos mostra que a morte não é o fim. Celebramos com grande alegria Festa de Pentecostes, a força do Espírito Santo que preencheu os apóstolos, dando-lhes coragem para cumprir a missão que Jesus lhes deixou: “Ide portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”! (Mt 28,19).
Aqui, é o momento de lembrarmos que a missão que Jesus deu aos apóstolos, é a nossa missão nos dias de hoje:
continuar anunciando o Evangelho em gestos, palavras e atitudes no ambiente em que vivemos, isto é, na família, na escola, no trabalho, na comunidade..
No tempo comum, a Liturgia não fica mais pobre. Pelo contrário. Neste tempo, a criatividade da Equipe de Liturgia deve se fazer presente para que as celebrações continuem sendo momentos de perfeita união com Deus e com a comunidade.
Ainda sobre o Ano Litúrgico podemos lembrar que existe o Ano A, o Ano B e o Ano C.

ANO A – EVANGELHO DE MATEUS
ANO B – EVANGELHO DE MARCOS
ANO C – EVANGELHO DE LUCAS

Assim, no Ano A temos os textos do Evangelho segundo São Mateus, o Ano B, o Evangelho de São Marcos e no Ano C o Evangelho de São Lucas. O Evangelho de São João é reservado para o tempo da Quaresma e a algumas festas especiais.
As cores dos paramentos e das tolhas que revestem o altar e o ambâo., também tem um significado litúrgico

BRANCO – Usado na Páscoa, no Natal, nas festas de Nossa Senhora e em missas festivas. Simboliza alegria, ressurreição, vitória e pureza.:

VERMELHO – Lembra o fogo do Espírito Santo. É a cor do domingo de Pentecoste.. Usa-se também na Celebração do Sacramento do Crisma e nas missas dos mártires.

VERDE- Se usa nos dias de semana e nos domingos do Tempo Comum. Simboliza a esperança.

ROXO – Usado no Advento e na Quaresma simbolizando a penitência.

RÓSEO – Pode ser usado no Terceiro Domingo do Advento e no Quarto Domingo da Quaresma, lembrando a proximidade da alegria.

Cristo é o centro de toda a Liturgia e a comunidade reunida é parte integrante da Liturgia. Nela, homens e mulheres se encontram com Deus agradecendo, glorificando, escutando a Palavra na celebração Eucarística, na celebração dos demais Sacramentos e comungando o Pão da Vida repartido com os irmãos.
A Liturgia é dinâmica e pode ser adaptada a realidade das diversas comunidades. As celebrações direcionadas para uma comunidade rural, por exemplo, são diferentes das celebrações para as comunidades de uma cidade grande, como São Paulo e outras. O grande objetivo da Liturgia e falar diretamente ao coração do Povo de Deus, e para isso usa sinais, símbolos, cantos, pertinentes a realidade de cada comunidade.
As paróquias e as dioceses oferecem aos leigos cursos sobre Liturgia, Aqueles(as) que se dispõe a fazer o curso, descobrem a importância e a riqueza da Liturgia nas celebrações, pois ela permite o uso de instrumentos musicais, cantos, cartazes, símbolos que, sintonizados com o Ano Litúrgico enriquecem as celebrações e ajudam a comunidade a sentir, com mais intensidade, a presença de Deus em sua vida.
Preparar uma celebração “liturgicamente correta”, isto é sem exageros, é sentir a presença do Espírito Santo em cada detalhe, na flor, na música, no canto, nas cores, nos leitores, na entrada da Bíblia, na Palavra proclamada, na participação da assembléia.
Por isso, faça parte da Equipe de Liturgia da sua Paróquia. Você vai gostar!

“LITURGIA É A PALAVRA MAIS RICA QUE A IGREJA PRONUNCIA”
(G.Venturi)


Valderes Costenaro

sexta-feira, 1 de julho de 2011



NESTA VIDA,
PODEMOS APRENDER TRÊS COISAS DE UMA CRIANÇA:
ESTAR SEMPRE ALEGRE,
NUNCA FICAR INATIVO
E CHORAR COM FORÇA POR TUDO O QUE SE QUER!

segunda-feira, 27 de junho de 2011



O SEGREDO
JUDAICO
DA
RESOLUÇÃO
DE
PROBLEMAS

(Indiche Cop –Nilton Bonder)

Por Trás das Aparências

O livro em estudo nos mostra o quanto somos levados, nas diversas situações da nossa existência, pelas aparências. Confiamos no que vemos, no que ouvimos, no que lemos, no que sentimos e até julgamos pessoas e situações, apontamos culpados, muitas vezes baseando-nos apenas pelo aspecto superficial daquilo que vemos.

Acreditar e julgar situações ou pessoas pelas aparências, interpretar um texto literalmente, é se acomodar com o que é fácil, é não querer se aprofundar, analisar, refletir, buscar, perguntar, perguntar e perguntar.

Quando perguntamos vamos obtendo respostas que exigem mais perguntas e assim vamos em busca do que está atrás do estamos lendo, vendo ou ouvindo.

O que está por trás o texto?

O que está por trás daquela situação?

O que está por trás das palavras ou das explicações que ouvimos?

O que está por trás dos gestos ou da postura daquela pessoa?

Temos armazenado nos nossos arquivos mentais uma gama de experiências que podem nos ajudar a encontrar o que está oculto por trás das aparências. No entanto, sempre vai existir a possibilidade de descobrirmos novas respostas, novas soluções, se nos empenharmos com afinco neste caminho, na medida em que nossa curiosidade nos impele em descobrir, por exemplo, o que o texto nos diz nas entrelinhas. A curiosidade nos leva a procurar o contexto, para quem e por que o autor escreveu, que objetivo queria alcançar. As perguntas são extremamente necessárias para podermos chegar ao oculto.

Esse modo de agir pode ser aplicado nas diversas situações em que vivemos. Visualizar, sentir o que não está aparente exige um treinamento, um mergulho dentro de nós mesmos, para que também conheçamos o que está oculto dentro dos nossos sentimentos, do nosso coração. Quando conhecemos o nosso oculto, fica mais fácil aprender a buscar no outro além do aparente, para entender suas decisões, os sentimentos que o levaram agir dessa ou daquela forma.


Como transmitir a experiência de buscar o oculto no que está aparente?

Despertando no outro a curiosidade de perguntar, não somente o óbvio, mas também o absurdo, pois através do absurdo pode se encontrar respostas para uma situação concreta, visível. Esta experiência torna-se um conhecimento que se armazenará na memória e que poderá ser usado outras vezes, provocando mais perguntas, obtendo respostas que podem exigir mais perguntas que geram novos conhecimentos.

Ao trilhar este caminho, sempre é importante lembrar que tudo pode ser visto por diversos ângulos, com vários enfoques, com diferentes interpretações. Isso ajuda na busca do que está oculto na concretude dos fatos.

Outro elemento que ajuda bastante é pensar no que é simples. Muitas vezes a “tendência intelectual” que julgamos ter, é buscar explicações mirabolantes, espetaculares, quando a resposta, de tão simples, nos passa despercebida. Ao descobrirmos temos a exata sensação de quanto temos ainda que aprender.

Concluindo, não devemos desprezar nunca o que é aparente, o que é evidente, mas através do aparente, do evidente, procurar o que está oculto e o que esse oculto pode nos acrescentar, nos ajudar a viver melhor com o nosso próximo, com humildade, consciente que a cada dia, a vida nos apresenta uma situação nova que nos mostra que não sabemos tanto quanto pensamos saber!

quinta-feira, 16 de junho de 2011



Respira em mim, ó Espirito Santo,
para que eu pense o que é Santo.

Impulsiona-me, ó Espírito Santo,
para que eu faça o que é santo.

Atraí-me, ó Espírito Santo,
para que ame o que é santo.

Conforta-me, ó Espírito Santo,
para que eu preserve o que é santo.

Preserva-me, ó Espírito Santo,
para que eu nunca perca o que é santo.

(Santo Agostinho)

terça-feira, 14 de junho de 2011



CRISTOLOGIA

O MISTÉRIO PASCAL

O Mistério Pascal concentra o núcleo da nossa fé ao afirmarmos a morte e a ressurreição de Jesus. Jesus ressuscitou porque morreu!
Só existe ressurreição porque existe a morte!
Existem causas muito concretas para explicar o modo como Jesus morreu.
1- Vida e prática de Jesus
2- Paixão e morte
3- Ressurreição

1- A vida e a prática de Jesus- Comportamento de Jesus
O objetivo da vida de Jesus é instalar o Reino. A vida inteira Jesus anunciou o Reino e lutou para que ele acontecesse.

Controvérsias: (Mc gênero literário das controvérsias)
O que os adversários de Jesus falavam dele ou entendiam como mensagem em Mc 2,1-12:
1a-Nível histórico – O que realmente aconteceu?
2a-Nível da fé – O que o texto está querendo dizer sobre a fé?
3a-Nível eclesial – O que está querendo ensinar no contexto de quem escreveu?

1a - Existe uma discussão entre Jesus e os doutores da Lei que eram os responsáveis sobre a manutenção da teologia na comunidade daquela época.
A discussão parece ser sobre o perdão dos pecados.(Quem perdoa os pecados senão Deus?)
Para os judeus, naquela teologia, o pecado, conduz, origina a doença, isto é, na raiz de toda doença está o pecado. A doença é conseqüência do pecado para os judeus. O pecado é causa da impureza, logo, o pecador não pode se relacionar com Deus.
Para se purificar precisa apresentar um sacrifício no Templo. Quem organiza o Templo são os saduceus, cujo os doutores da lei são ótimos funcionários. O templo é o centro da vida religiosa do judeu. Como vivem situações que o tornam impuro, sempre precisam ir ao templo para se purificarem e comprarem animais para o sacrifício.

1a. Parte – Deus
2a. Parte – Consumo dos pecados
3a. Parte – Consumo do templo (sacerdotes)

A casta dos sacerdotes ganham na venda do que é oferecido. Ganham com a parte que lhes cabe do que é oferecido e ganham com a venda do que sobra do que é oferecido.
Quem sofre com isso são os pobres. Toda essa situação faz com que o povo comece a ser escravizado pelo poder do templo, que se afirma como referência religiosa, política e econômica.
Tudo acontece no templo. Quem manda no templo, manda na Lei, manda na riqueza, manda nas decisões.
Pescadores, pastores, publicanos, todos são pecadores.
Jesus ignora todos e tudo e perdoa: “Teus pecados te são perdoados” – de graça. Perdão dos pecados seria a ruína do templo.
O sistema de pureza em que alguns se sobreponham a muitos para se aproximar de Deus, deve deixar de existir. Ex. Sacerdotes e levitas não podem ficar impuros – os samaritanos já nascem impuros. Esse sistema de pureza que impede as pessoas de viverem junta com outras, precisa acabar. Hassidim – os separados.
A discussão de Jesus com os doutores da Lei é sobre o sistema de pureza e sobre a exploração do templo.
A comunidade afirma que quem perdoa é o filho do homem, isto é, o Filho de Deus.

VIVER O PERDÃO NA COMUNIDADE (Mc 2,23-28)
Discussão com os fariseus.

1- Questão do sábado- sábado é dedicado exclusivamente a Javé.
2- Jesus coloca que o sábado é para o homem e não o homem para o sábado. O que vem primeiro? A Lei ou a vida? A Lei tem que estar a serviço da vida.

O primeiro compromisso de Jesus e nosso também como cristãos, é a defesa da vida. Alei para os fariseus é o lugar onde se apóiam para viver sem nenhuma preocupação com a vida.

Jesus critica a função do templo.
Jesus critica a função da Lei.

Jesus propõe em vez do código de pureza a prática da “dádiva”. As pessoas que queriam matar Jesus não entenderam o que Jesus falava, tanto que o mataram.
A prática de Jesus visa a defesa da vida, dos excluídos e por isso critica a forma de organização, principalmente religiosa, que privilegia alguns e prejudica a maioria da população. Diante da Lei, todos devem ser iguais.

MORTE DE JESUS
Jesus morreu e da forma que morreu porque os homens decidiram que Ele deveria morrer por não obedecer a Lei.

1-Histórica/religiosa – Existe uma acusação teológica contra Jesus pelos judeus, que é uma acusação de blasfêmia e por isso será julgado num tribunal religioso e lá será condenado pelo Sinédrio.

2-Histórico/política – Diante do tribunal de Pilatos (romano) Jesus é acusado de subversão, ou seja, Jesus se fazer Rei. Esta era a acusação feita pelos judeus e talvez também pelos romanos. Quem se arvora em papel de Rei ou criticam a forma de governo do Rei, isto é, de César, é considerado subversivo e traidor e neste tribunal Jesus é condenado a morte por crime político de subversão.
Os judeus acusam Jesus por inveja e ciúmes. O Império Romano através de Pôncio Pilatos decidem também matar Jesus. Todo o julgamento de Jesus é realizado de acordo com o Direito Romano:

-Teve direito de defesa
- Morte na cruz

A morte na cruz é tipicamente romana (judeu mata apedrejando). Os criminosos políticos, normalmente, tem morte na cruz. A morte na cruz era considerada exemplar.

(Aula do Prof. Manzato)

CRISTOLOGIA

O REINO DE DEUS

Olhando para a história de Jesus de Nazaré é que compreendemos o que Jesus significou na Palestina do século I e o que significa hoje para nós na nossa realidade.
Conhecemos Jesus a partir do Evangelho, mas também devemos conhecer Jesus histórico., embora de uma maneira genérica, os Evangelhos nos darão condições de conhecer o homem Jesus de Nazaré.
Aquilo que temos certeza na vida de Jesus de Nazaré é a sua pregação do Reino

- Sabemos que Jesus nasceu.
- Não sabemos onde nasceu – em Nazaré..... em Belém....
- Não sabemos quando nasceu – 3 ou 4 a.C.
- Não sabemos o tamanho de sua família.

- Sabemos que morreu crucificado no ano 30.
- Não sabemos se seu ministério durou 1 ou 3 anos.

Não sabemos quase nada sobre sua vida antes dele começar a pregar. Aos 30 anos começou a ser um pregador itinerante, tinha seguidores e simpatizantes e anunciava uma mensagem simbolizando o Reino.
O anúncio do Reino é algo diferente, ou seja, especificamente da boca de Jesus.
No Antigo ou Primeiro Testamento, ninguém fala do Reino. No Novo ou Segundo Testamento e nas Cartas poucas vezes se fala do Reino. No entanto, nos Evangelhos se fala do Reino sempre que Jesus fala, pois o Evangelho anuncia uma Boa Notícia.
Jesus andava de cidade em cidade, de vila em vila, conclamando as pessoas a se converterem e aceitar o Reino de Deus. E o que é o Reino de Deus? Deus Reina.
Jesus quando fala de Deus, o que as pessoas entendem?
O que o próprio Jesus pensa quando fala do Reino?
E nós? Se pensarmos diferente de Jesus, devemos aprender dele o que Ele quer.

Apóstolos, fariseus, discípulos, judeus, pensam no futuro.

Jesus: Onde Jesus discorda e onde Jesus concorda com o povo – traçaremos uma linha de compreensão sobre o que Jesus quer dizer com o Reino de Deus.
Palestina na época de Jesus: mentalidade cultural, religiosa, cosmovisão, relacionamento humano.

Apocalíptica- sistema dominante na época de Jesus.

Logo o referencial do discurso de Jesus está inserido no contexto da realidade de sua época. O movimento hegemônico da Apocalipse inicia-se no séc. II a.C. e vai até o séc. II d,C. Jesus e as primeiras comunidades viveram neste período. O mais famoso livro apocalíptico é o de Daniel, no Primeiro Testamento.
No Segundo Testamento o apocalipse aparece nos textos dos Evangelhos e no próprio livro de João. Temos toda uma literatura, apócrifos, escritos históricos, todos apocalípticos como os quatro livros de Henoc.
O conteúdo maior da apocalíptica é a esperança de que um mundo futuro (éon-mundo) apareça. Para isso é preciso que o éon atual desapareça.
Neste mundo atual só vamos conhecer a tristeza, sofrimento- alegria, justiça fraternidade pertencem a outro mundo. Esse outro mundo que deverá aparecer. Esse será o Reino de Deus.
Basicamente, o apocalipse prevê sempre a destruição. Para depois construir o melhor, mais perfeito.
No fundamento deste mundo atual está o pecado, logo, jamais se formará como bom e basicamente é Deus que vem para julgar e castigar os corruptos, os injustos. Todos esses conhecerão a ira divina. Os que permanecerem fiéis, perseverarem, recebem o prêmio de viver no mundo futuro.
Tudo isso é apocalíptica e não Teologia Católica.
João Batista foi um típico profeta apocalíptico. O movimento apocalíptico é um movimento popular que expressa o desejo popular para que as coisas sejam diferentes.
O povo não pode fazer diferente porque é pecador. A mudança tem que ser feita por Deus- Ato de Deus.
Muito do que Jesus falou tem relação direta com o movimento apocalíptico, pois Ele estava vivendo neste contexto histórico. O Reino futuro que vai acontecer depois da morte é acréscimo nosso. O Reino é um mundo que virá em substituição ao Reino presente. A linguagem apocalíptica é sempre uma linguagem simbólica, tanto quanto os relatos do livro de Gènesis.
O fato apocalíptico é um fato do anúncio de Jesus, mas não só:

apocalíptico
Reino
Profético

Os contemporâneos de Jesus o identificam como profeta. João Batista e Jesus, nas suas pregações tem muito em comum, mas as diferenças também são marcantes:

João – austeridade Jesus - comensalidade- é acusado de comer e beber muito
João – sai do mundo Jesus – entra no mundo.
João – espera o povo Jesus – vai ao povo.
João anuncia o Reino com a chegada do julgamento e castigo.
Jesus anuncia o Reino como graça e perdão.
João vivia segundo a Lei do Sinai (sempre presente a ameaça)
Jesus prega aos pecadores o Reino de dom, da dádiva, da fraternidade.

Essas diferenças distanciam a pregação de Jesus da pregação apocalíptica para ser uma pregação profética. O referencial de todos os profetas é a Aliança – a Lei Mosaica. A Aliança é como um contrato entre Deus e o povo – Deus Reina.
Na Aliança o povo assume o compromisso de ser um povo em que Deus é Rei.

Como se organiza um povo? Que Deus reina?

Confederação das tribos – Organização social cuja base é o acordo de igualdade entre as tribos. Cada tribo vive sua vida. Quando uma tribo está em dificuldade todas se reúnem para ajudar. Todas defendem e todas as tribos têm os mesmos direitos e deveres.

Quando Deus não reina:
O povo será subjugado, escravizado e explorado através de impostos cada vez maiores – sociedade extratificada em classes sociais – desigualdade.
A pregação dos profetas vai sempre lembrar ao povo a Aliança que leva a igualdade. Quando Jesus fala de Reino ele não esquece essa dimensão profética do Reino de Deus. Logo, Jesus pensa na confederação das tribos, ou seja, formar uma sociedade onde a igualdade seja básica.

Apocalíptica – Justiça

Profética - Igualdade

“Meu reino não é deste mundo” – de um mundo diferente, de igualdade.

O Reino de Deus – Deus vai fazer mas, o ser humano tem que colaborar, porque a compreensão de Jesus sobre o Reino é a igualdade. Ele senta para comer com os pecadores – não existe distinção, fronteiras, etc.

Reino de Deus – maneira futura de organizar a sociedade, não depois da morte, futura no sentido de superar as divisões. Fundamental é não ter medo e sim praticar a fraternidade.
A diferença entre apocalíptica é profética é:

Apocalíptica – só Deus pode fazer as mudanças.

Profética – nós podemos nos converter e começar a fazer as mudanças.

Para Jesus o Reino de Deus e vivência espiritual (apocalíptica) e material (profética), logo, a dimensão apocalíptica e a profética se completam.
Estamos vivendo o Reino de Deus quando vivemos de acordo com a igualdade e a justiça. Já não podemos ignorar essa dimensão apocalíptica da nossa história e devemos, também, viver o movimento profético mudando a nossa maneira de viver, ou seja, construir o Reino aqui e agora – ser igual – não ser maior que o outro – lutar para ser igual.
A partir da redescoberta da história de Jesus, redescobrimos o Reino.

(Aula do Prof. Manzatto)

sexta-feira, 27 de maio de 2011



CRISTOLOGIA

OLHANDO PARA JESUS É QUE VOU APRENDER COMO É DEUS

Jesus é revelador do ser humano. Nós temos que ser humanos como Jesus. O pecado não é humano porque Jesus não tem pecado, é absolutamente humano e revelador. Quanto mais longe do pecado nos colocamos, mais humanos nos tornamos. O que é decisivo a respeito do ser humano é não ter pecado. Afirmamos a nossa humanidade quando não pecamos. Errar é um ato humano – humano não se opõe ao divino - humano e divino não se iguala – humano e divino pode se encontrar.
Jesus é uma só pessoa em duas naturezas: humana e divina. Integralmente humano e integralmente divina.
Tudo o que acontece na vida de Jesus é porque Ele é Deus e ser humano. Maria é a mãe da pessoa de Jesus humano e divino – Mãe de Deus.
Na cruz, Jesus também morre tanto como humano e como divino.
Escândalo para nós é Deus morrer na cruz.
Tudo o que se diz sobre a divindade de Jesus se diz também da sua humanidade. O humano e o divino não se separam jamais. Essa união das duas naturezas chamamos união hipostática. Ressuscitado dos mortos ressuscita nas suas duas naturezas.
No seio da Trindade está a nossa natureza humana. Em Maria, também a nossa natureza humana está no céu.
Cabe-nos, também hoje, realizarmos a nossa interpretação de Jesus. O que significa Jesus para nós e é preciso interpretar sempre a luz da Igreja para dar seguimento de Jesus para o futuro.
Somos discípulos do Mestre – Mestre não ensina doutrina – Mestre ensina maneira de viver. Somos chamados na nossa vida a viver segundo a maneira de Jesus Seguir Jesus hoje. Compreender o que Ele fez no contexto da sua época (Palestina séc I), para podermos fazer a mesma coisa hoje – Brasil –XXI. Que os nossos atos tenham a mesma repercussão na sociedade de hoje como os atos de Jesus tinham na sociedade do tempo de Jesus. (seguimento).
(Valderês- aula do Pe. Manzato).

sexta-feira, 20 de maio de 2011

SALMO 103



Bendize minha alma, ó Senhor,
Pois Ele é bom e compassivo.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser seu Santo Nome.
Bendize ó minha alma, ao Senhor,
Não te esqueças de nenhum de teus favores.

Pois Ele te perdoa toda a culpa,
e cura toda a tua enfermidade.
Da sepultura Ele salva tua vida,
E te cerca de carinho e compaixão.

O Senhor é indulgente e favorável,
É paciente, é bondoso e compassivo.
Não nos trata como exigem nossas faltas,
Nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Quanto dista o nascente do poente,
Tanto afasta para longe nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos,
O Senhor tem compaixão dos que o temem.

terça-feira, 17 de maio de 2011

CRISTOLOGIA



CRISTOLOGIA

CRISTO - GREGO
Enviado – Ungido - Escolhido
MESSIAS – HEBRAICO para realizar a Salvação.
(Os judeus ainda esperam)

CRISTOLOGIA – discurso lógico, científico, racional sobre Cristo.

Em Cristianismo, Cristo não é qualquer coisa, qualquer feito, qualquer pessoa. Em Cristianismo o Cristo é Jesus. Jesus – o Cristo (título). Não temos outro Cristo a não ser JESUS – O CRISTO.
Cristo para nós é um ser humano. Tudo aquilo que eu sei de Cristo, eu tenho que aprender de Jesus. Tudo aquilo que eu falo de Cristo, eu tenho que aprender de Jesus.
Jesus de Nazaré nos mostra que é um enviado, ungido, escolhido.
Para saber quem é Deus, eu preciso aprender de Jesus. Para saber que é o Cristo é preciso aprender de Jesus. Precisamos aprender do Cristo histórico.
Temos que descobrir o que é interpretação e o que é realmente histórico. O que é real, o que é histórico.

JESUS NÃO É QUALQUER COISA. É A REVELAÇÃO DE DEUS!

O que sabemos de Jesus é pelo testemunho da fé dos apóstolos na pessoa de Jesus: Evangelhos – Livros Testemunhais.
A intenção da Bíblia não é fazer uma reportagem sobre Jesus, Os apóstolos estão mais preocupados em passar sua fé em Jesus, do que realmente a pessoa de Jesus. Os Evangelhos tem apenas alguma coisa de história, e muitas vezes falam de maneira simbólica. Exemplos:


Canaã – a terra prometida
CANÁ Festa de casamento – Nova Aliança
Vinho Melhor – Uma Nova Aliança, muito melhor
que a anterior.

BARCA – Igreja
MAR – Forças que se opõe a Deus
JESUS ADORMECIDO – Ele já havia ressuscitado – Jesus se manifesta.
LEGIÃO – Exército Romano
PORCOS – Simboliza a decadência total do homem, e para esse homem Jesus tem a Palavra da Salvação.

História de Jesus compreende o que foi a vida de Jesus para poder entender os Evangelhos. Os católicos dizem que o Espírito Santo nos comunica com a Igreja – interpretação de acordo com a Igreja – Não posso interpretar o Evangelho literalmente.

JESUS UM SER HUMANO DIVINO (importante)
Somente a fé pode enxergar em Jesus o enviado de Deus. Só podemos afirmar que Jesus é o Messias, o Salvador, se admitirmos que Jesus é HUMANO E DIVINO.
HUMANO
JESUS – O CRISTO
DIVINO
Revelador do Humano e revelador do Divino
O que eu posso dizer sobre Deus é aquilo que Jesus nos mostra sobre Deus. Olhar a História de Jesus partindo de sua humanidade. Interpretar as Escrituras de acordo com a Tradição da Igreja.

Olhando para Jesus é que eu vou aprender como é Jesus.

Jesus – Revelador do Ser Humano – Nós temos que ser humanos como Jesus. O pecado não é humano. Porque Jesus não tem pecado é absolutamente Humano e revelador. Quanto mais longe do pecado nos colocamos, mais humanos nos tornamos. O que é decisivo a respeito da humanidade, é não ter pecado.
Afirmamos a nossa humanidade quando não pecamos – Erra é um ato humano, diferente de pecado.
Humano não se opõe ao Divino
Humano e Divino não se igualam.
Humano e Divino podem se encontrar.

Jesus é uma só pessoa em duas naturezas: Humana e Divina ´Integralmente Humano – Integralmente Divino.
Tudo o que acontece na vida de Jesus é porque Ele é Deus e Ser Humano.
Maria, Mãe da pessoa de Jesus – Humano e Divino – Mãe de Deus.

Na Cruz também Jesus morre tanto como Humano como Divino.
Escândalo para nós é Deus morrer na Cruz.
Tudo o que se diz sobre a divindade de Jesus, se diz também, de sua humanidade. O Humano e o Divino não se separam jamais.
Essa união das duas naturezas chamamos de UNIÃO HIPOSTÁTICA.

Ressuscitado dos mortos ressuscita nas suas duas naturezas. No seio da Trindade está a nossa natureza humana. Em Maria, também a nossa natureza humana está no céu.
Cabe a nós também hoje, realizarmos a nossa interpretação de Jesus. O que significa Jesus para nós e, é preciso interpretar sempre a luz da Igreja para dar segmento de Jesus para o futuro.
Somos discípulos do Mestre – Mestre não ensina Doutrina – Mestre ensina maneira de viver!
(Aula do Pe Antonio Manzato – Cristologia)

segunda-feira, 16 de maio de 2011



O DEUS DE JESUS

O Deus que acreditamos nos é revelado por Jesus. É o mesmo Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, de Moisés. É o Deus de Israel. É o Deus que Jesus nos ensina a chama de “Abba” – Pai – Paizinho – Em toda a Bíblia, somente Jesus chama Deus de Pai revelando a sua proximidade e intimidade com Deus. Jesus nos mostra muito mais: nos mostra um Deus misericordioso, amoroso, um Pai que zela e protege seus filhos. Um Deus que está sempre pronto a escutar, a perdoar, a consolar, a fazer festa quando voltamos para seus braços. O Deus do Amor. É o Deus que revela que Jesus é o “seu Filho amado”. E Jesus, sendo o Filho de Deus feito homem, nos ensina a vontade do Pai: Amar o nosso próximo, como o próprio Jesus é amado por Deus Pai e como Ele, Jesus, nos ama. É o Deus de Jesus que em todo tempo está nos fazendo um “agradinho” e às vezes, nem percebemos.
Na Bíblia encontramos Deus logo no inicio. Em Gn 1,1-3, a Bíblia nos diz que havia o caos, mas o Espírito do Senhor pairava sobre as águas. O sopro de Deus, o Espírito começa a dar forma e vida a todos os seres que conhecemos. E na sua bondade infinita, cria o ser humano a sua imagem e semelhança e dá de presente toda a natureza, para que o ser humano zele e usufrua com responsabilidade tudo o que Ele criou. Quando se dirige a Abraão, Deus lhe faz a promessa de uma descendência maior que as estrelas do céu. É o Deus de Jesus que sacia a sede e a fome do povo no deserte durante a fuga do Egito. Envia ao povo o maná e as cordonizes. É no deserto que Deus faz a primeira aliança com seu povo, e através de Moisés lhe dá os Mandamentos, a Tábua da Lei.
Deus caminha pela Bíblia, inspirando os profetas. Para Jeremias Ele diz que o conhece desde o ventre de sua mãe. Inspirados por Deus, Isaias e Miquéias profetizam o nascimento do Salvador, Jesus. Instruiu Ezequiel para que ele alimente a esperança do povo de Israel exilado na Babilônia, pois Deus levará de volta seu povo à Jerusalém. Em Maria se cumpre a grande promessa de Deus – enviar o Salvador, o Messias, Aquele que mostraria ao mundo a face de Deus, pois o próprio Jesus disse: Quem vê a mim vê o Pai.
E então, ficamos conhecendo melhor o Deus de Israel, o Pai que, em Jesus e por Jesus nos acolhe como filhos, nos ama e nos conhece pelo nome. Nos Evangelhos temos dois momentos em que Deus revela que Jesus é o seu Filho muito amado: quando é batizado por João e no momento da Transfiguração. No Evangelho de João Jesus nos mostra claramente a sua proximidade com Deus e que tudo o que faz e diz vem do Pai. Jesus é o Pão da Vida e quem comer deste Pão jamais morrerá.
Na crucificação, morte e ressurreição, Jesus nos mostra um caminho que não conhecíamos, o caminho da vida eterna, o caminho que nos levas ao Pai, a morte não é o fim.
A presença de Deus continua viva nos Atos dos Apóstolos quando eles recebem o Espírito Santo prometido por Jesus que lhes dá força, coragem para anunciar o Evangelho a todos os povos, batizando-os em nome da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Deus se faz presente também, na conversão de Paulo e nas suas Cartas, bem como nas cartas dos outros apóstolos.
O Livro do Apocalipse é o livro da esperança, isto é, após todas as tribulações, o povo de Deus, aquele que crê e professa os ensinamentos de Jesus, terá suas vestes lavadas, brancas como a neve e verão enfim o Deus de Jesus, o Pai, em união com o Espírito Santo presente em todos os batizados.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

PAULO FALA SOBRE SUA CARTA AOS FILIPENSES



PAULO FALA SOBRE SUA CARTA A COMUNIDADE DE FILIPOS

Hoje, estou aqui, preso na cidade de Éfeso. Com a ajuda de Timóteo estou escrevendo uma carta aos filipenses. Quero dizer o quanto eu amo essa comunidade e o quanto estou agradecido pela ajuda que eles me enviaram através de Epafrodito. Meu coração transborda de alegria quando penso na comunidade filipense. Uma comunidade que teve início com as mulheres, numa casa, longe das sinagogas e que só tem me dado motivo de alegria.
Sabe, quero contar aos filipenses que com a minha prisão, o Evangelho continuou sendo anunciado. Alguns continuaram a anunciar a Boa Nova, por amor, outros para mostrar que são melhores que eu. Mas, para mim, o importante é que os ensinamentos de Jesus estão levando a conversão muitas pessoas. Quero também que essa carta, anime a comunidade a ficar firme na fé, vivendo uma vida digna do Evangelho de Jesus. Que a comunidade lute para manter a unidade e a humildade.
Confesso que também eu, tenho meus momentos de fraqueza. Às vezes gostaria de morrer, pois, morrer para mim é lucro e ir estar com Cristo é o que mais desejo. Por outro lado, permanecer vivo é necessário para alimentar e avivar a fé da comunidade.
Vocês sabem, já tive dinheiro, posição social, fui irrepreensível na obediência da Lei, mas, hoje, considero tudo isso como perda diante do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. A fé em Jesus, aquela fé que vem de Deus e que me anima a conhecer cada vez mais o poder da sua ressurreição. Participando do sofrimento de Jesus , da sua morte, prossigo meu alvo para, também, alcançar a ressurreição dentre os mortos.
Quero falar aos filipenses que se alegrem sempre no Senhor e que essa alegria seja conhecida por todos. Que a comunidade filipense se ocupe com o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso e que não se esqueçam da oração, das súplicas e da ação de graças, pois assim, a paz de Deus se faz presente na comunidade.
A comunidade de Filipos tem que saber o quanto sou grato e me emociono por ver o quanto eles se preocupam comigo. Mas, quero tranqüilizá-los, pois com a ajuda que Epafrodito trouxe, tenho de sobra. Olhem, “tudo posso naquele que me fortalece”, mas fico feliz por ter vocês ao meu lado neste momento de aflição. Despeço-me saudando a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.A graça do Senhor Jesus Cristo esteja com o vosso espírito e lembrem-se,

EU AMO A TODOS COM A TERNURA DE CRISTO JESUS”




quarta-feira, 11 de maio de 2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Borboleta

O Cartaz da Campanha da Fraternidade deste ano é muito bom. A simples exposição do cartaz permite uma reflexão sobre os diversos problemas que prejudicam o nosso planeta, o ambiente em que vivemos e possibilita que as pessoas descubram como atitudes simples do dia-a-dia, ajudam na preservação dos recursos básicos para a sobrevivência do ser humano.
Mas, no cartaz existe a imagem de uma borboleta com suas asas quase tocando a água. Querendo saber o significado da borboleta, procurei na explicação do cartaz, o que ela queria dizer. Encontrei essa explicação:

“...a vida rompe barreiras e nos mostra que ainda existe esperança, representada pela borboleta, que mesmo com uma vida curta, cumpre o seu importante papel no ciclo natural do planeta.”

No entanto, quanto mais eu olhava a borboleta, mais eu sentia que ela poderia nos dizer mais alguma coisa. Todos nós sabemos que a borboleta não nasce “borboleta”. Ela sofre o que chamamos de “metamorfose”, isto é, uma transformação. Antes de ser borboleta ela é uma lagarta, que se envolve num casulo por um determinado tempo e, só então, desperta para uma nova forma de vida, como borboleta.
Com esse raciocínio, concluí que o tempo do casulo pode ser o tempo da nossa “Quaresma”, um tempo para a nossa transformação, onde mergulhamos dentro de nós mesmos, refletindo e buscando como vivenciar melhor os ensinamentos de Jesus, para só então ressurgir com o Cristo Glorioso no Domingo da Páscoa, para uma vida nova e como a Borboleta “cumprir o nosso importante papel, como ser humano, no ciclo natural do planeta!”
Valderês Costenaro

domingo, 1 de maio de 2011

NÃO SEI - CORA CORALINA

NÃO SEI

Não sei.... se a vida é curta
Ou longa demais para nós,
mas sei que nada do que vivemos
tem sentido, se não tocamos
o coração das pessoas

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido a vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira, pura.....
Enquanto durar.
v

quinta-feira, 21 de abril de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

SALMO 103



Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
Pois ele é bondoso e compassivo.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor e todo o meu ser seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum dos teus favores!

Pois Ele te perdoa toda a culpa e cura toda a tua enfermidade.
Da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão!

O senhor é indulgente, é favorável, é paciente, bondoso e compassivo.
Não nos trata como exigem nossas faltas,nem nos pune em proporção as nossas culpas!

Quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe os nossos crimes.
Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem!

Bendize, ó minha alma, ao Senehor,
Pois Ele é bondoso e compassivo!