quinta-feira, 30 de julho de 2009

DIA DO PADRE


"Deixei meu barco na praia..."
O Padre é o pastor que reúne o rebanho de Jesus com um estilo de vida diferente, isto é, com doação total, dedicação plena durante todo tempo para ser os braços e a voz de Jesus para a comunidade. Alimenta o rebanho de Jesus com a Eucaristia e a Palavra, cura pelo perdão os seus sofrimentos. Sua família é a comunidade. Como diz São Paulo, o sacerdote é um homem escolhido no meio dos homens, a serviço dos homens. Que o Espírito Santo ilumine todos os padres dando-lhes força e coragem para, com humildade, ser para seu rebanho um sinal visível de Jesus Cristo.

terça-feira, 28 de julho de 2009



A vocação é uma semente
que cai do céu e vem pro chão
A vocação é uma semente
que brota na terra do coração
dando flores e frutos
que se colhem
na evangelização!

VOCAÇÃO - A COR EXATA DA SUA VIDA

VOCAÇÃO – A COR EXATA DA SUA VIDA –
FONTE: A VIDA TEM A COR QUE VOCÊ PINTA
MARIO BONATTI – ED. SALESIANA DOM BOSCO

Cada homem tem uma vocação, uma queda para um tipo especial de trabalho. Um dom de Deus. Cada homem tem uma vocação, a cor que combina com sua personalidade e com o conjunto. Sua realização dependerá menos de considerações teórica do que de uma vocação acertada. Na Igreja, então, todos são apóstolos a serviço dos irmãos, cada um colocando a benefício de todos os dons ou carismas que tem. Leigos, padres e religiosos.

“Não fostes vós que me escolhestes.
Fui eu que vos escolhi e
vos mandei para dar muito fruto”
(Jo15,26).

Nesta frase de Cristo aos discípulos está focalizada a vocação no reino que Ele estava implantando. Ele escolheu pessoalmente os colaboradores mais diretos, os apóstolos, os sacerdotes. Cada homem é escolhido por Deus para uma missão específica. Cada apóstolo, padre ou leigo, não é um “penetra”. Foi convocado para ir, com Jesus, anunciar o reino. Depois haverá muitos frutos: paz, amor, justiça para todos.
No corpo de Cristo, a sua Igreja, cada membro, cada homem, e cada mulher, tem uma missão importante. No corpo há os olhos, o ouvido, os pés, as mãos, cada um com sua finalidade...Assim também na Igreja e na sociedade. O doutor, o servente de pedreiro, a empregada doméstica, o padre e o governador, cada um fazendo seu papel, a serviço do corpo todo: “Ó varredor que varres a rua, tu varres o reino de Deus”.

Cada homem é um tijolo na grande construção.

É importante dar valor a cada pessoa, também como profissional executando um trabalho especializado, a serviço. Aí um emprego não será mais importante que outro. Se a Igreja adotar esta atitude, será modelo, testemunho para a sociedade..... Só o amor, vivido assim, na Igreja, soluciona de fato a questão social.

segunda-feira, 27 de julho de 2009


Rezando com Paulo - Maria Regina Gutierrez - Fonte: CEBI

L.1 – Irmãos e irmãs sejam bem vindos (as). Estamos reunidos em nome do Pai, Deus de todos os povos e nosso criador. Em nome do Filho, Jesus nosso Salvador e que tornou a nós todos irmãos. E em nome do Espírito Santo do amor que nos conduz. Olhando para a vocação de São Paulo, vamos descobrindo e aprendendo a viver a nossa própria vocação. Seguir Paulo na sua vocação é um grande desafio, pois temos que, antes de tudo, colocar Jesus Cristo no centro da nossa vida.

T- Senhor, sois o Deus da vida, abençoai a todos nós e dai-nos a graça da conversão, para que destruamos os sinais da morte que existe em nosso meio, e assim, transpareça cada vez mais a vida em abundância.

L.2 – Em Paulo encontramos um exemplo significativo. Deus o chamou para servir o Evangelho de Jesus a partir de sua realidade concreta e tão adversa aos caminhos do Evangelho. Do mesmo modo, Deus chama cada um de nós, a partir daquilo que cada um é, e revela o que somos chamados a ser: anunciadores do Evangelho, com “cores” diferentes, ou seja, na diversidade de carismas, mas unidos na mesma missão.

L.1 – No caminho de Damasco, Paulo perseguidor da Igreja, encontra Cristo que se revela pessoalmente para lhe confiar uma missão irrecusável: ser testemunho do Evangelho “até os confins da terra” (At 1,8).

L.2 – A sua vida, doutrina e missão seriam inexplicáveis sem aquele primeiro encontro com Cristo, de um modo tão pessoal e profundo, que o transformou desde o seu íntimo.

T – Este encontro profundo com o Senhor faz-se no peregrinar quotidiano das nossas vidas e de um modo particular nos momentos de oração pessoal e comunitária.

L.1 – Paulo convida a comunidade de Filipos e também as nossas, a viver a plenitude da alegria de Cristo, experimentando o mesmo pensamento, o mesmo sentimento e o mesmo amor de Cristo Jesus (Fl 2,2).

L.2 – A Carta de Paulo aos Filipenses nos ajuda a perceber como estamos construindo nossas relações comunitárias e como estamos percebendo a desigualdade social que o Cristo nos chama a transformar.

T – Pedimos a Deus que nos ilumine nesta caminhada de aprendizado e partilha comunitária a partir da Palavra de Deus.

L.1 – Quando Cristo entra na nossa vida, não podemos ficar indiferentes. O nosso amor tende a configuração com Aquele que nos amou primeiro. Assim aconteceu com Paulo. Abramos o nosso coração para acolher o testemunho:

Leitura da Carta aos Filipenses 1,18-26

“Mas, que importância tem isso? Com boas ou más intenções, o que interessa é que Cristo está sendo anunciado, e eu fico contente com isso e continuarei a alegrar-me. De fato, sei que tudo isso há de servir para a minha salvação, através das orações de vocês e do Espírito de Jesus Cristo, que me socorre. O que desejo e espero é não fracassar, mas, agora como sempre, manifestar com toda a coragem a glória de Cristo em meu corpo, tanto na vida, como na morte. Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Mas, se eu ainda continuar vivendo, poderei fazer algum trabalho útil. Por isso é que não sei bem o que escolher. Fico na indecisão: meu desejo é partir dessa vida e estar com Cristo, e isso é muito melhor. No entanto, por causa de vocês, é mais necessário que eu continue a viver. Convencido disso, sei que vou ficar com vocês. Sim, vou ficar com todos vocês, para ajudá-los a progredir e a ter alegria na fé. Assim, quando eu voltar para junto de vós, o orgulho de vocês em Jesus Cristo irá aumentar por causa de mim”.

L.2 – Paulo era apaixonado pelo Evangelho e pela comunidade e mesmo estando preso afirma: “Pois para mim, o viver é Cristo”.

L.1 – Vivemos uma realidade que, na maioria das vezes, prega valores contrários a vida comunitária, como o individualismo, a competição, o egoísmo, o acúmulo de bens, etc. Formar comunidade hoje é, portanto, apostar num jeito diferente de ser no mundo. É apostar na solidariedade, na partilha, na comunhão, no caminhar em conjunto.

L.2 – Na comunidade alimentamos nossa opção pelo Evangelho de Jesus Cristo, fortalecemos nossa caminhada no dia-a-dia, para com coragem, enfrentar os desafios que surgem. A comunidade é o espaço do encontro, da celebração, da comunhão, para que todas as pessoas tenham mais vida e vida em plenitude.

L.1 – O Reino de Deus que Jesus insistentemente ensinou foi o horizonte vivido pela comunidade de Filipos, para que ela pudesse superar seus conflitos . Hoje somos convidados (as) a fazer o mesmo movimento, buscar o Evangelho e praticar os mesmos ensinamentos de Jesus Cristo.

L.2 – Paulo acolhe o chamamento de Jesus e a sua vida transformou-se completamente. De perseguidor passou a ser perseguido, sendo testemunha viva e entusiasta do Evangelho. Também cada um de nós, ao acolher e responder ao apelo do Senhor, tornamo-nos testemunha com o seu modo de viver.

L.1 – Abramos o nosso coração para acolher Deus que vem até nos. Vamos nos dipor a escutar a sua Palavra para O seguirmos em fidelidade e testemunharmos a alegria de termos sido alcançados por Ele.

L.2 – Paulo nos ensina que a vida de fé deve ser expressa em comunidade para vivermos o amor fraterno. Amor, carinho, ternura, amizade, são carismas que perpassam os escritos de Paulo.

L.1 – A evangelização está ligada à vida. Ela avança quando a afetividade é colocada em primeiro plano. Paulo tinha experiência disso. E nós também. Quando numa comunidade a afetividade é viva, a evangelização também o é. O evangelizador tem que ser cheio de ternura, afeição, sensibilidade, solidariedade, amizade, então, o amor acontece como conseqüência.

L.2 – Agradeçamos a Jesus Cristo a sua presença entre nós na Eucaristia. Cantemos ao Senhor que em nós depositou a sua confiança e por meio de nós faz maravilhas, porque, como São Paulo, já não vivemos para nós mesmos, mas vivemos para o Senhor.

T – Deus Pai, somos instrumentos do seu Reino. Pedimos suas força para vivenciar e testemunhar o seu plano de Amor. Em nos do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Amém.

domingo, 26 de julho de 2009

Para refletir em seu coração


PARA REFLETIR
EM SEU
CORAÇÃO










Vivemos tão rapidamente, envolvidos por uma sociedade materialista e por um sistema que sufoca, que poucas pessoas tem o privilégio de parar e refletir como está a sua vida, quais os objetivos que está pretendendo alcançar e se esses objetivos estão em sintonia com os objetivos que Deus tem para cada um.
Muitas vezes, somos motivados a seguir em frente de uma forma negativa, pensando apenas em nossa auto-estima, no nosso orgulho, na nossa vaidade, em busca de posição social, “status”, almejando facilidades sem muito produzir, “trabalhando maneiro”, contentando-se com o médio, evitando buscar o “excelente”.
Outras vezes, não nos esforçamos porque começamos a nos questionar se temos capacidade para executar esta ou aquela tarefa e o questionamento nos leva a perder a nossa autoconfiança, a adiarmos decisões, a evitarmos riscos, a adotarmos a filosofia do “deixa como está para ver como é que fica” e, neste momento, estaremos a um passo de ficarmos completamente despidos de objetivos, de sonhos, de ideais, revestidos de uma indiferença que fará que nós apenas passemos pela vida sem perceber, sem notar.
Para reverter esse quadro que vivemos algumas vezes, sem nos darmos conta, não é tão fácil. Porém, se tivermos a coragem de parar e fazer uma avaliação honesta de nós mesmos e confiando na ajuda divina, nossas perspectivas de mudança são altamente positivas.
A primeira coisa e pedir a ajuda de Nosso Senhor para que vejamos a vida através dos olhos de Deus. Nós que somos batizados temos dentro de nós uma força que é o nosso combustível espiritual, a nossa “força motriz” – o ESPÍRITO SANTO – comecemos por deixar o Espírito Santo preencher totalmente o nosso ser, abrindo-nos para Ele através da meditação, do silêncio, da leitura bíblica, da oração comunitária ou individual, reavivando e aumentando a nossa fé, descobrindo, com o auxílio do Espírito Santo, a nossa verdadeira vocação.
Fortalecidos espiritualmente tudo ficará mais fácil, pois com a certeza do Cristo habitando e agindo em nós, teremos o equilíbrio entre o sonho e a realidade, enfrentaremos riscos e desafios com segurança, alimentaremos nossa mente com pensamentos e atitudes positivas, não nos “ mataremos de trabalhar”, mas estabeleceremos critérios e prioridades que nos facilitarão alcançar nosso propósitos e objetivos em perfeita harmonia com os planos de Deus.
Com esta força interior, tenham a certeza, não nos sentiremos realizados com a mediocridade, ao contrário, seremos motivados cada vez mais a alcançar a plenitude de todas as nossas potencialidades e o segredo desta motivação é dar o primeiro passo e fazer o que Deus espera de nós.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Conhecer e Rezar os Salmos - José Bortolini

SALMO 100
Terra inteira, aclame a Javé!
Sirva a Javé com alegria,
e vá até ele com gritos jubilosos!
Saiba que somente Javé é Deus:
Ele nos fez e a ele pertencemos,
somos seu povo e ovelhas do seu rebanho.
Entrem por suas portas dando graças,
com cantos de louvor em seus átrios,
celebrem a ele e bendigam o seu nome:
Sim, Javé é bom:
o seu amor é para sempre,
e sua fidelidade de geração em geração.
O Salmo nos mostra uma tomada de consciência de que existe somente um Deus para o mundo inteiro e, assim como há uma mútua pertença entre as ovelhas de um rebanho e o seu pastor, há estreita parceria entre Javé e seu povo. O Salmo convida a "terra inteira" a aclamar, servir, ir e reconhecer que Javé é o único Deus de todos os povos. O Salmo 100 pode ser rezado quando queremos louvar com o mundo todo, a criação inteira, em espírito de fraternidade universal; quando queremos reforçar nossa fé num único Deus, doador da vida para todos e condutor da humanidade pelos caminhos da vida, e não pelo ritual ou rotina. quando sentimos necessidade de celebrar o nome bom de Javé, seu amor e fidelidade que não se esgotam...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A CARTA DE PAULO À COMUNIDADE DE FILIPOS


No próximo mês de setembro, quando celebramos o mês da Bíblia, temos a indicação da CNBB para que seja feito o estudo da Carta de São Paulo aos Filipenses.
Filipos era uma importante cidade situada na Europa, mas especificamente na Macedônia. Era uma cidade dominada pelo poder romano com uma organização própria, de acordo com a forma romana de administrar as cidades sob o seu domínio. Sua população era, em grande parte, de militares romanos aposentados, escravos e pessoas vindas do oriente em busca de melhores condições de vida.
Paulo, junto com seus amigos, Silas e Timóteo, fundou a comunidade de Filipos em sua segunda viagem missionária. Filipos foi a primeira comunidade cristã da Europa e nasceu na casa de uma mulher chamada Lídia, comerciante de púrpura e de suas companheiras de trabalho. Entre a comunidade e Paulo desabrochou uma grande amizade com muito carinho de ambas as partes. Foi a única comunidade da qual Paulo aceitou receber ajuda, pois sempre trabalhou com as próprias mãos por não querer ser um peso para os irmãos. Em Filipos, Paulo apanhou de varas e junto com Silas foi preso pela primeira vez.
Paulo encontrava-se, provavelmente, preso em Éfeso quando escreveu a carta a comunidade de Filipos. Na realidade, alguns estudiosos, levantam a hipótese de que a carta seria no início, três bilhetes e que depois foi organizada em um só texto. É uma carta permeada de ternura, de conselhos, de agradecimentos e bênçãos. É uma carta de alegria, onde Jesus é o centro da comunidade.
Paulo nunca estava sozinho, geralmente ele ditava para um companheiro escrever. Na carta aos Filipenses, quem estava com Paulo era Timóteo. É em nome dos dois a saudação inicial, abençoando e desejando paz e graça da parte de Deus a toda a comunidade. Paulo era um homem de oração e rezava pelas comunidades. Vamos ler o que ele escreveu aos Filipenses:

“...sempre em todas as minhas súplicas
oro por todos vós com alegria,
pela vossa participação no Evangelho
desde o primeiro dia até agora. Deus é testemunha de
que vos amo a todos com a ternura
de Cristo Jesus.”
(Fl 1,4-5 e8).

Amar com a ternura de Cristo é amar com toda a intensidade e já ter experimentado pessoalmente toda a ternura que Jesus tem pela humanidade, e com certeza, Paulo teve esta experiência na sua conversão e demonstou isso no jeito apaixonado com que abraçou a missão de levar a Boa Nova de Jesus “até os confins da terra.”