quarta-feira, 17 de agosto de 2011
CRISTOLOGIA
INRI – JESUS DE NAZARÉ – REI DOS JUDEUS
Costume romano usado para indicar o crime e o autor
Conseqüências da Morte de Jesus
1- A cruz é a conseqüência da vida e da prática histórica de Jesus. Porque viveu dessa maneira é que foi levado a cruz. Não foi crucificado porque fazia milagres, por andar com os pobres etc e sim porque contestava o sistema e pregava uma sociedade justa e solidária.
2- Não se pode separar a cruz da pessoa de Deus na Teologia Cristã. Deus não pode ser pensado em Teologia Cristã sem a cruz.A cruz diz algo do ser de Deus, da pessoa de Deus. A cruz nos diz como é o Deus que nos salva.
3- A cruz coloca pra nós a questão presença/ausência de Deus. Para os judeus quem morre na cruz está abandonado. Na cruz de Jesus Deus não o abandona na cruz. Deus estava na cruz com Jesus. Se Jesus nos revela quem é Deus, também o faz na crucificação. O Deus de Jesus é plenamente o Deus da salvação que se manifesta na cruz. Tudo o que se fala de Deus, tem que ser confrontado com o comportamento de Jesus. A cruz não é a última palavra sobre Jesus. Sua história não acaba na cruz. Jesus é referencia do ser humano e de Deus.
Como se pode explicar a cruz sem ser do ponto de vista histórico e sim do teológico?
Como Deus deixa seu Filho morrer na cruz?
Como a Cruz é salvação para nós?
Deus quis a morte de Jesus? NÃO!
A CRUZ É A PRESENÇA SOLIDÁRIA DE DEUS
Por que, então Jesus morreu?
Num primeiro momento a comunidade apela para as Escrituras, reinterpretando os cantos dos servos sofredores (Isaias), os Salmos, etc. A paixão de Jesus é narrada nos moldes dos Salmos. A morte de Jesus é compreendida como a morte dos profetas.
Com o canto de Isaias, vão encontrar o Messias crucificado.
O pecado rompe a relação Deus- Homem. Jesus, homem e Deus, com a mesma nobreza de Deus, ao morrer na cruz salva a humanidade- Teologia da Idade Média.
A realidade é que Jesus vem para cumprir a vontade de Deus – instalar o Reino. Se para convencer a humanidade do valor do Reino for preciso morrer, que morra para que o Reino se estabeleça.
Jesus acreditava no que falava, no que pregava, por isso enfrentou a todos até o fim. A morte de Jesus é conseqüência da luta pelo Reino.
A morte de Jesus é completada pela Teologia da Ressurreição. Morte sem Ressurreição não tem sentido. O que nos coloca na dimensão do Reino é a morte e Ressurreição:
Vida
Conjunto único Morte
Ressurreição de Jesus
Só ressuscitou porque morreu, morreu porque viveu de determinada forma. O que me salva é a vida, a morte e Ressurreição de Jesus.
1- O Ressuscitado é o crucificado.
2- A Ressurreição é a confirmação da vida de Jesus.
3- A Ressurreição afirma a nova maneira de Deus estar com seu povo.
EMANUEL – DEUS CONOSCO
1- QUERIGMA PRINCIPAL DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS
- Esse que é crucificado é o ressuscitado que morreu na cruz. Não se pode separar a cruz da Ressurreição. Sem a cruz não se chega a Ressurreição.
A religião não pode adormecer consciências e sensibilidades.
2- A RESSURREIÇÃO É A CONFIRMAÇÃO DA PRÁTICA DE JESUS
Ao ressuscitar Jesus, Deus vai afirmar que Ele quer a vida realmente como Jesus ensinou. A identificação do crucificado e do ressuscitado é que leva a prática do bem.
3- A RESSURREIÇÃO É UMA CONTINUIDADE DA VIDA ANTERIOR A MORTE DE JESUS
No entanto, é ao mesmo tempo uma ruptura, pois está presente de forma diferente no meio dos apóstolos daquela sua vida pré-pascal. No entanto, é o mesmo Jesus com quem os apóstolos conviveram que se apresenta, que se faz presente no meio do povo de outra maneira. Aquele que foi crucificado está vivo – vida que venceu a morte.
Ressurreição não é defunto que levanta. Ressurreição é nova maneira de estar presente. Jesus não morre mais. As aparições de Jesus são “teofanias”, manifestação de Deus. Jesus não brincava de sobe e desce e nem fica perdido durante 40 dias (simbologia).
As aparições não são escritas para provar nada: primeiro porque não prova. Não temos prova da Ressurreição e sim testemunhas de homens e mulheres que afirmaram experimentar que, aquele mesmo Jesus que eles conviveram, está presente no meio deles.
Qual o caráter da nossa fé?
Fé é crer – ter confiança;
Existem duas maneiras de matar a fé: com a negação e com a certeza.
Nas coisas de Deus não temos certeza de nada. Temos confiança, temos sinais.
(Aula do Pe. Antonio Manzato).
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