quarta-feira, 8 de setembro de 2010

SETEMBRO - MÊS DA BÍBLIA -O LIVRO DE JONAS



A história de Jonas nos mostra um Deus "de piedade e de ternura, lento para ira e rico em amor e que se arrepende do mal" (Jn 4,2).
Deus ordena a Jonas que vá até a cidade de Nínive e anuncie que, se o povo não se arrepender de suas maldades, ela será destruída.
Nínive, capital da Assíria e a Babilônia, eram duas cidades que já haviam invadido, tanto Israel como Judá, levando como escravos grande parte da população. Talvez, por isso, Jonas se nega a obedecer a ordem de Deus e resolve fugir para a cidade de Tarsis num navio. Mas, ninguém foge assim de Deus. Durante a viagem, uma tempestade é desencadeada colocando em perigo toda a tripulação da embarcação. Os marinheiros naquela época, acreditavam que o perigo que se aproximava, era culpa de alguém que estava no navio. Depois de implorarem cada um ao seu deus, pois tinham religiões diferentes, encontraram Jonas dormindo tranquilamente no fundo do navio, sem a menor preocupação com o que estava ocorrendo. O comandante e a tripulação resolveram interrogar Jonas e descobrem que ele havia desobedecido ao seu Deus.



A tempestade estava ficando cada vez mais violenta e o próprio Jonas encontra a solução para o problema: pede que os marinheiros o joguem no mar, porque assim, a tempestade se acalmaria e ninguém seria ferido ou morto.

A tripulação, sem ter outra saída, jogaram Jonas ao mar, mas antes, elevaram uma prece ao Deus de Jonas pedindo:



"Ah! Javé, não queremos perecer por causa da vida deste homem! Mas não ponhas sobre nós o sangue inocente, pois tu agiste como quiseste" (Jn 1,14)



Assim que caiu no mar, a tempestade acalmou. Deus, então, determinou que um grande peixe engolisse Jonas, que permaneceu dentro das entranhas do peixe por três dias e três noites. Um tempo para Jonas refletir sobre suas atitudes e mostrando-se arrependido, orou a Deus, reconhecendo o poder e a misericórdia de Deus e prometendo "cumprir os votos que tiver feito" (Jn 2,10)

Deus, então falou ao peixe e este vomitou Jonas sobre a terra firme. A primeira voz que Jonas ouviu foi a de Deus ordenando pela segunda vez, que ele fosse a Nínive anunciar a sua mensagem. Desta vez, Jonas não fugiu. Chegou a Nínive e a percorreu durante um dia anunciando:






"Ainda quarenta dias e Nínive será destruída" (Jn 3,4).



As pessoas acreditaram na mensagem de Jonas, creram em Deus e logo se arrependeram de suas maldades. Para mostrar que estavam dispostos a abandonar o caminho do mal e seguir o caminho do bem, o povo convocou um jejum e vestiu-se de saco, desde o maior até o menor. O exemplo do povo logo foi seguido pelo rei, que "tirou o seu manto, cingiu-se com um pano de saco e assentou-se sobre cinzas" (Jn 3,6).


O rei proclamou um decreto para que todos, até os animais, fizessem jejum, se cobrissem de saco e " invocassem a Deus com vigor e se convertessem cada qual do seu caminhoi perverso e da violência em suas mãos" (Jn 3,8).


Porém, Jonas não estava feliz. Pelo contrário. Queria morrer, O povo de Nínive ao se arrepender, conseguiu o perdão de Deus, que nada fez de mal para a população da cidade. Desgostoso, Jonas se afastou, construiu uma tenda fora da cidade, na esperança que Deus a destruísse, o que não aconteceu. Deus, então, fez crescer uma mamoneira sobre Jonas para esfriar a sua cabeça e livrá-lo do seu egoísmo, do seu individualismo, de querer que Deus fizesse a sua vontade. No outro dia, Deus mandou um verme que picou a mamoneira e esta morreu. Jonas ficou furioso, pois não tinha mais a sombra da mamoneira para protegê-lo, pois quando o sol se levantou, Deus mandou um vento forte e Jonas desfalecia e pedia a morte:



"É melhor para eu morrer, do que viver" (Jn 4,8)


Deus disse então a Jonas:


-Estás certo que te aborreças por causa da mamoneira?


Jonas respondeu:


-Está certo que eu me aborreça até a morte.

(Jn 4,9)

Deus então disse:


"Tu tens pena da mamoneira que não te custou trabalho, e que não fizeste crescer, que em uma noite existiu e em uma noite pereceu. E eu não terei pena de Nínive, a grande cidade, onde há mais de cento e vinte mil seres humanos que não distinguem entre direita e esquerda, assim como muitos animais"? (Jn 4,10-11).


Podemos observar que o Livro de Jonas não termina. A pergunta que Deus faz a Jonas é uma pergunta para nós hoje. Não sabemos se Jonas responde, mas e nós? Com o que estamos nos preocupando..... Nossas atitudes colocam outras pessoas em perigo ou numa situação difícil..... Estamos querendo, de forma egoísta que a nossa vontade prevaleça sempre...... Estamos fugindo de nossas responsabilidades cristãs, pensando apenas no nosso bem estar..... Hesitamos em perdoar e a acolher o outro.....


Estas são apenas algumas reflexões que o Livro de Jonas desperta em cada um de nós. Mas podemos achar muitas outras que estão inseridas no texto. É só tentar!

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