L.1 – Irmãos e irmãs sejam bem vindos (as). Estamos reunidos em nome do Pai, Deus de todos os povos e nosso criador. Em nome do Filho, Jesus nosso Salvador e que tornou a nós todos irmãos. E em nome do Espírito Santo do amor que nos conduz. Olhando para a vocação de São Paulo, vamos descobrindo e aprendendo a viver a nossa própria vocação. Seguir Paulo na sua vocação é um grande desafio, pois temos que, antes de tudo, colocar Jesus Cristo no centro da nossa vida.
T- Senhor, sois o Deus da vida, abençoai a todos nós e dai-nos a graça da conversão, para que destruamos os sinais da morte que existe em nosso meio, e assim, transpareça cada vez mais a vida em abundância.
L.2 – Em Paulo encontramos um exemplo significativo. Deus o chamou para servir o Evangelho de Jesus a partir de sua realidade concreta e tão adversa aos caminhos do Evangelho. Do mesmo modo, Deus chama cada um de nós, a partir daquilo que cada um é, e revela o que somos chamados a ser: anunciadores do Evangelho, com “cores” diferentes, ou seja, na diversidade de carismas, mas unidos na mesma missão.
L.1 – No caminho de Damasco, Paulo perseguidor da Igreja, encontra Cristo que se revela pessoalmente para lhe confiar uma missão irrecusável: ser testemunho do Evangelho “até os confins da terra” (At 1,8).
L.2 – A sua vida, doutrina e missão seriam inexplicáveis sem aquele primeiro encontro com Cristo, de um modo tão pessoal e profundo, que o transformou desde o seu íntimo.
T – Este encontro profundo com o Senhor faz-se no peregrinar quotidiano das nossas vidas e de um modo particular nos momentos de oração pessoal e comunitária.
L.1 – Paulo convida a comunidade de Filipos e também as nossas, a viver a plenitude da alegria de Cristo, experimentando o mesmo pensamento, o mesmo sentimento e o mesmo amor de Cristo Jesus (Fl 2,2).
L.2 – A Carta de Paulo aos Filipenses nos ajuda a perceber como estamos construindo nossas relações comunitárias e como estamos percebendo a desigualdade social que o Cristo nos chama a transformar.
T – Pedimos a Deus que nos ilumine nesta caminhada de aprendizado e partilha comunitária a partir da Palavra de Deus.
L.1 – Quando Cristo entra na nossa vida, não podemos ficar indiferentes. O nosso amor tende a configuração com Aquele que nos amou primeiro. Assim aconteceu com Paulo. Abramos o nosso coração para acolher o testemunho:
Leitura da Carta aos Filipenses 1,18-26
“Mas, que importância tem isso? Com boas ou más intenções, o que interessa é que Cristo está sendo anunciado, e eu fico contente com isso e continuarei a alegrar-me. De fato, sei que tudo isso há de servir para a minha salvação, através das orações de vocês e do Espírito de Jesus Cristo, que me socorre. O que desejo e espero é não fracassar, mas, agora como sempre, manifestar com toda a coragem a glória de Cristo em meu corpo, tanto na vida, como na morte. Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Mas, se eu ainda continuar vivendo, poderei fazer algum trabalho útil. Por isso é que não sei bem o que escolher. Fico na indecisão: meu desejo é partir dessa vida e estar com Cristo, e isso é muito melhor. No entanto, por causa de vocês, é mais necessário que eu continue a viver. Convencido disso, sei que vou ficar com vocês. Sim, vou ficar com todos vocês, para ajudá-los a progredir e a ter alegria na fé. Assim, quando eu voltar para junto de vós, o orgulho de vocês em Jesus Cristo irá aumentar por causa de mim”.
L.2 – Paulo era apaixonado pelo Evangelho e pela comunidade e mesmo estando preso afirma: “Pois para mim, o viver é Cristo”.
L.1 – Vivemos uma realidade que, na maioria das vezes, prega valores contrários a vida comunitária, como o individualismo, a competição, o egoísmo, o acúmulo de bens, etc. Formar comunidade hoje é, portanto, apostar num jeito diferente de ser no mundo. É apostar na solidariedade, na partilha, na comunhão, no caminhar em conjunto.
L.2 – Na comunidade alimentamos nossa opção pelo Evangelho de Jesus Cristo, fortalecemos nossa caminhada no dia-a-dia, para com coragem, enfrentar os desafios que surgem. A comunidade é o espaço do encontro, da celebração, da comunhão, para que todas as pessoas tenham mais vida e vida em plenitude.
L.1 – O Reino de Deus que Jesus insistentemente ensinou foi o horizonte vivido pela comunidade de Filipos, para que ela pudesse superar seus conflitos . Hoje somos convidados (as) a fazer o mesmo movimento, buscar o Evangelho e praticar os mesmos ensinamentos de Jesus Cristo.
L.2 – Paulo acolhe o chamamento de Jesus e a sua vida transformou-se completamente. De perseguidor passou a ser perseguido, sendo testemunha viva e entusiasta do Evangelho. Também cada um de nós, ao acolher e responder ao apelo do Senhor, tornamo-nos testemunha com o seu modo de viver.
L.1 – Abramos o nosso coração para acolher Deus que vem até nos. Vamos nos dipor a escutar a sua Palavra para O seguirmos em fidelidade e testemunharmos a alegria de termos sido alcançados por Ele.
L.2 – Paulo nos ensina que a vida de fé deve ser expressa em comunidade para vivermos o amor fraterno. Amor, carinho, ternura, amizade, são carismas que perpassam os escritos de Paulo.
L.1 – A evangelização está ligada à vida. Ela avança quando a afetividade é colocada em primeiro plano. Paulo tinha experiência disso. E nós também. Quando numa comunidade a afetividade é viva, a evangelização também o é. O evangelizador tem que ser cheio de ternura, afeição, sensibilidade, solidariedade, amizade, então, o amor acontece como conseqüência.
L.2 – Agradeçamos a Jesus Cristo a sua presença entre nós na Eucaristia. Cantemos ao Senhor que em nós depositou a sua confiança e por meio de nós faz maravilhas, porque, como São Paulo, já não vivemos para nós mesmos, mas vivemos para o Senhor.
T – Deus Pai, somos instrumentos do seu Reino. Pedimos suas força para vivenciar e testemunhar o seu plano de Amor. Em nos do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Amém.