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CÂNONE – norma – modelo
CÂNONE BÍBLICO – Livros Sagrados
LIVROS CANÔNICOS – Livros inspirados por Deus e reconhecido pela Igreja.
LIVROS APÓCRIFOS – Parecidos com os livros canônicos mas nunca reconhecidos pela Igreja. Temos livros Apócrifos tanto no Primeiro Testamento como no Segundo Testamento. Ex. Apocalípse de Pedro e Evangelho de Pedro.
LIVROS EXTRA-CANÔNICOS – Livros edificantes não inspirados por Deus.
LIVROS CANÔNICOS – Sempre inspirados por Deus.
Protocanônicos – livros unanimente reconhecidos
Deuterocanônicos – livros reconhecidos após discussão – São eles: Sete do Primeiro Testamento:
Tobias
Baruc
Judite
Macabeu I e II
Sabedoria
Eclesiástico
No Segundo Testamento temos mais sete:
Carta aos Hebreus
Carta de Tiago
2o.Pedro
2o. e 3o. de João
Carta de Judas
Apocalipse
Livros Católicos:
Primeiro Testamento – 39 Protocanônicos e 7 Deuterocanônicos
Segundo Testamento – 21 Protocanônicos e 7 Deuterocanônicos
Livros Protestantes:
Primeiro Testamento – 39 inspirados por Deus e 7 não inspirados por Deus.
Segundo Testamento – 20 Protocanônicos e 7 Deuterocanônicos
HISTÓRIA DO CÂNONE DO PRIMEIRO TESTAMENTO
Para todos os judeus era considerado sagrado o Cânone Longo – 46 livros.
Judeus da diáspora moravam fora de Israel.
Judeus palestinenses moravam em Israel e falavam hebráico ou aramáico.
Os Samaritanos só consideravam o Pentateuco.
A primeira tradução das Sagradas Escrituras foi feita em Alexandria por ordem do Faraó Prolomeu entre 250 e 150 aC. Traduzida em grego koiné é também conhecida por LXX ou Septuaginta e era usado por judeus da diáspora com os 46 livros. (diz a lenda que foi traduzida em 70 dias por 70 sábios).
Não havia divergência entre o Cânone de Jerusalém e o Cânone da diáspora.
No ano 70 dC, Jerusalém foi destruída pelo Gal. Tito e os livros se perderam. No ano 90 dC, rabinos fariseus reuniram-se em Jâmnia e consideraram sagrados somente 39 livros que foram encontrados escritos em hebraico.
Em 1947 foram encontradas na Gruta de Qumran os 46 escritos em hebraicos e hoje os judeus tem 39 livros e os cristãos 46 do Primeiro Testamento.
No Segundo Testamento há 350 citações do Primeiro Testamento. Dessas 350, 300 são dos LXX (Septuaginta- Deuterocanônicas)
Os primeiros livros a serem considerados sagrados foram os quatro Evangelhos e depois as 13 Cartas Paulinas, depois a Carta aos Hebreus, em seguida o Primeiro Testamento e finalmente o Apocalipse e a Carta de Pedro entre 199 e 200 dC.
A primeira lista – 1o. Cânone – Lucas e Paulo
A segunda lista – todos os 27 livros (202 dC)
Nota: O Cânon Muratório, descoberto por Luis Antonio Muratório numa biblioteca de Milão em 1740, é considerado importante por ser o mais antigo e por citar o Papa Pio e é datado de 180 dC.
As Cartas aos Hebreus, de Tiago e aIII de João, só foram consideradas inspiradas mais tarde.
Em 1441 o Concílio Florentino confirma os 27 livros do Segundo Testamento como Sagrados e o Concílio de Trento ratifica a decisão.
MATERIAL EM QUE FORAM ESCRITOS OS LIVROS
Primeiramente em papiro. Faziam tiras de 20 ou 30m de comprimento e 30cm de largura e faziam rolos. Escreviam também em peles de animais. Cortavam a pele em quadrados e juntavam de 4 em 4 formando os “quartéminos”. Vários quartérminos formavam um “Códice”.
Aprendendo a tratar as peles, fizeram pergaminhos. Escreviam com pontas e a tinta era feita de fuligem.
O Segundo Testamento não foi escrito de próprio punho (autógrafo) do autor. Temos escritos 82 papiros (bastante frágeis). O mais antigo é o P52 e também o mais importante chamado de RYLAND. Cinco versículos do Evangelho de João (Paixão de Cristo), foram encontrados numa tumba egípcia em 1935.
Nota: O Evangelho de João foi contestado por muitos por ser considerado demasiado helenístico para a época.
O primeiro anúncio do Evangelho (Querigma) foi feito de forma oral por volta de 30/40 dC.
OS CÓDICES
Os Códices são mais resistentes- temos 266 Códices Maiúsculos (B) escritos em grego koiné no século IX e 2.754 Códices minúsculos.
O Códice mais importante data de 1450. Muito bem conservado e bem escrito traz o Primeiro Testamento até quase o fim do Apocalipse. O Códice Sinaítico (S) foi encontrado no Sinai no Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina, completo do Primeiro ao Segundo Testamento. Temos ainda o Códice de Santo Efrém,também chamado de Polimpsesto. É conservado na Biblioteca Nacional de Paris e é do século V.
OUTROS LIVROS
Patrísticos
Lecinonários com 2,135 testos que nos trazem as Sagradas Escrituras.
Vetuslatina – tradução do grego para o latim.
NOTAS:
Entre todos os documentos que temos há muitas variações: troca de letras, troca de frases, troca de sílabas. Também se acrescenta ou tira-se palavras ou até frases. Há um tempo atrás havia 200 variantes, atualmente encontram-se 15.
Hoje podemos afirmar que temos na mão com segurança o Primeiro Testamento.
Os Evangelhos Sinóticos apresentam grandes diferenças e grandes concordâncias. O Pai Nosso em Mt tem sete petições e em Lc 5. Na passagem sobre os cegos de Jericó, Mt cita 2 cegos e Jesus saindo. Marcos cita 1 cego, cita o nome do cego e Jesus saindo. Lc cita 1 cego e Jesus está próximo. As Bem - Aventuranças são descritas por Mt numa montanha e por Lc numa planície.
Os sinóticos apresentam três blocos: o primeiro bloco abrange a pregação de João Batista, o batismo de Cristo e as tentações; o segundo bloco apresenta a confissão de Pedro, o primeiro anúncio da Paixão, a renúncia (pega a tua cruz e segue-me), a transfiguração, o menino epilético, o segundo anúncio da Paixão; o terceiro bloco nos mostra os cinco conflitos com os fariseus concluindo assim, que os Sinóticos coincidem apesar de não terem o mesmo estilo literário. Se observarmos, o de Mt é uma grande catequese; o de Mc objetivo e concreto; o de Lc é só amor, suavidade, brandura. O primeiro Evangelho a ser escrito foi o de Mc, depois Mt e depois Lc. Comprova-se quase historicamente que, Mt e Lc não sabiam da existência do Evangelho de um ou do outro e com certeza usaram a fonte “Q” (Quelle). Dizemos, então, que os Evangelhos Sinóticos são formados por Perícopes.
O Evangelho de João só coincide no começo e no fim e nos mostra que a vida pública de Jesus só durou três Páscoas.
Dentre a obra Paulina, a primeira Carta do Apóstolo foi dirigida a comunidade da Tessalônica.
O leitor comum dispõe hoje, numa tradução moderna, do texto bíblico reconstruído pelo trabalho paciente dos peritos da crítica textual, que consiste em confrontar, isto é, pegar todos os textos deteriorados pelo tempo ou errados e compará-los com textos diferentes mas seguros, que tragam a mesma doutrina. Portanto, uma ciência a serviço da fé, para quem crê na Bíblia como Palavra de Deus e está interessado na reconstrução do texto original inspirado por Deus.
Fonte:Bíblia- Palavra de Deus -Curso de introdução à Sagrada EscrituraValério Mannucci
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